Dólar avança e Ibovespa tem leve alta apesar de alívio na guerra comercial entre EUA e China
Trump e Xi Jinping assinam acordo na Suíça; Banco Central revisa inflação para baixo

Nesta segunda-feira, 12, o dólar fechou em alta de 0,53%, cotado a R$ 5,68, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou leve alta de 0,04% no fim do pregão, aos 136.563 pontos.
No cenário internacional, as atenções se voltam às negociações entre Estados Unidos e China, que sinalizam uma trégua na guerra comercial travada pelo presidente Donald Trump aos países do globo. No último final de semana, os líderes das duas nações se reuniram na Suíça para assinar um acordo que prevê a redução temporária das tarifas impostas em abril.
De acordo com um comunicado oficial dos dois países, os EUA devem reduzir as alíquotas impostas à China para 30%, enquanto a China reduzirá a sobretaxa de 125% para 10%. No entanto, os investidores ainda aguardam os próximos passos da negociação, que, além de ter validade de 90 dias, ainda não teve seus detalhes divulgados à imprensa.
No Brasil, o dia começou com a divulgação dos resultados do banco BTG Pactual, que obteve lucro líquido ajustado de 3,37 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do resultado positivo, o mercado sente insegurança em relação à consistência do banco e se ele conseguirá manter os números mesmo diante a um cenário econômico desafiador no país e no exterior. Os papéis da companhia encerraram em queda de 2,60%.
Em relação aos índices macroeconômicos, o Banco Central (BC) publicou o Boletim Focus da semana nesta manhã, em que especialistas revisaram para baixo as expectativas para a inflação em 2025. Segundo economistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5,51% neste ano, mas ainda acima do teto da meta de 4,50%. O mercado também aposta que a taxa Selic não será mais reajustada neste ano, permanecendo no patamar de 14,75%.
Agora, os investidores aguardam o balanço da Petrobras, uma das companhias mais influentes para os negócios, que será publicado após o fim do pregão.