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Dizer que vai subir os juros atrapalha ainda mais, diz Luiza Trajano a Galípolo

Em evento com presidente do Banco Central, empresários reclamaram dos efeitos dos juros altos para a indústria e o comércio

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2025, 15h18 - Publicado em 14 fev 2025, 12h21

Empresários da indústria e do varejo elogiaram o trabalho do Banco Central e reconheceram a necessidade de o país aumentar os juros para corrigir a inflação, mas reforçaram ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, em evento nesta quarta-feira 14, as dificuldades que isso tem levado aos negócios. Galípolo participou nesta manhã de debate com representantes do setor produtivo organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“Em nome do setor de varejo, eu digo que somos os primeiros que sofrem. A pequena e a média empresa não aguentam mais conviver com isso”, disse a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, em seu comentário a Galípolo. “Queria pedir, por favor, para encontrarmos outra forma, essa forma não está dando certo. E queria pedir, também, para não comunicar mais que vai ter aumento de juros, que aí já atrapalha tudo desde o começo.”

Desde dezembro, quando acelerou o ritmo de aumentos da Selic, a taxa básica de juros do país, em meio a uma disparada do câmbio naquele mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central já deixou anunciado que faria mais dois aumentos iguais nos próximos meses. Trata-se de um dos maiores aumentos já feitos nos juros brasileiros desde a crise de confiança de 2002 e 2003. O segundo aumento já foi cumprido, no fim de janeiro, e o próximo, esperado para a reunião de março, segue prometido. Com isso, os juros, que estão hoje em 13,25%, devem chegar aos 14,25% até lá.

Em sua resposta, Galípolo reforçou que a inflação é também nociva à renda e à produção, e reforçou, como tem feito em todas as suas aparições públicas desde que assumiu a presidência do BC, no começo do ano, que a autarquia segue comprometida com sua missão principal de manter a variação dos preços dentro da meta do país.

“Há uma autoridade monetária aqui bastante incomodada com a inflação fora da meta e que não vai reduzir ou poupar nenhum tipo de esforço para cumprir seu mandato”, disse. “É lógico que entendemos claramente quais são todos os mecanismos de política monetária, que são todos esses que vocês estão citando, mas, se tem alguém que não tem qualquer tipo de proteção contra a perda de valor da moeda é a população. Por isso é tão importante zelar pela inflação e pela defesa de nossa moeda”, continuou.

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