DirecTV, controladora da Sky, avalia compra da GVT
Segundo fonte, processo de venda da GVT está em estágio inicial e a Vivendi não quer apressar o desinvestimento do que considera um ativo importante
A americana DirecTV está considerando fazer uma oferta pela operadora de telecomunicações brasileira GVT, controlada pelo grupo francês Vivendi, afirmou uma fonte próxima do assunto nesta quarta-feira. A DirecTV é a segunda maior operadora de televisão paga do Brasil, com quase 30% do mercado por meio da marca Sky. Em janeiro, a Sky anunciou ter interesse na compra da operadora de TV por assinatura e banda larga Acom Comunicações, controlada indiretamente pela português Grupo SGC Telecom.
O processo de venda da GVT está em estágio inicial e a Vivendi não quer apressar o desinvestimento do que considera um ativo importante, com forte potencial de crescimento e que pode alcançar 8,5 bilhões de euros. Em agosto, a EXAME divulgou que o conselho de administração do conglomerado francês Vivendi passara semanas discutindo se vende ou não a GVT, numa tentativa de recompor suas finanças. A francesa precisa reduzir suas dívidas e melhorar o preço de suas ações.
Segundo a reportagem apurou, a Vivendi contratou os bancos de investimento Rothschild e Deutsche Bank para assessorá-la no leilão. A empresa seria oferecida aos candidatos óbvios – teles como Oi, TIM, Telefónica e América Móvil – e também a fundos de private equity.
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De olho – Uma fonte próxima do processo informou que a DirecTV está entre os potenciais interessados na GVT. Além disso, Telefónica e Telecom Italia também estão entre os potenciais ofertantes, mas atravessam programas de redução de dívida que podem colocar o preço da GVT difícil de alcançar, segundo fontes familiares com o assunto.
Sérgio Rodriguez, analista de crédito da Fitch Ratings, afirmou que a GVT não é um negócio “necessário” para a América Móvil, que opera no Brasil sob a marca Claro, mas o grupo poderia bancar a compra da operadora se decidir fazer isso. “Carlos Slim (controlador da América Móvil) tem uma estratégia de comprar empresas a preços razoáveis. Então vai depender de quanto a Vivendi vai pedir”, disse Rodriguez.
A Vivendi comprou a GVT em 2009 por 2,9 bilhões de euros depois de uma guerra de oferta com a Telefónica, que considerou, na época, o negócio como importante para seu crescimento no Brasil. Apesar de a GVT ser um motor importante de crescimento para o grupo francês, também consome nível considerável de recursos.
(com agência Reuters)