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Desemprego sobe e atinge 14,8 milhões de brasileiros, aponta IBGE

Número subiu 880 mil no 1º tri em relação aos últimos três meses de 2020; segundo IBGE, é o maior contingente de desocupados já registrado

Por Larissa Quintino Atualizado em 27 Maio 2021, 23h44 - Publicado em 27 Maio 2021, 09h54

A atividade econômica acelerando, a arrecadação do governo subindo e a geração de postos com carteira assinada captados pelo Caged são sinais que há uma retomada na economia, porém os dados de desemprego continuam a preocupar. A taxa de desocupação subiu para 14,7% no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira, 27. Isso corresponde a mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país. É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.

Segundo o IBGE, o aumento do desemprego no período está ligado a fatores sazonais. “As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

O instituto destaca que o contingente de ocupados, isto é, de pessoas que estão trabalhando, é de 85,7 milhões, estatisticamente estável na comparação com o último trimestre do ano passado. 

A maioria dos indicadores ficaram estáveis no primeiro trimestre deste ano, porém o incremento do desemprego está ligado à informalidade. Segundo os dados da Pnad Contínua, houve redução dos empregados do setor privado sem carteira assinada (9,7 milhões), um recuo de 2,9% com menos 294 mil pessoas. Também diminuíram os empregados do setor público sem carteira (1,9 milhão), uma queda de 17,1% ou menos 395 mil.

O único aumento na ocupação ocorreu entre os trabalhadores por conta própria (23,8 milhões), que cresceram 2,4%, um acréscimo de 565 mil postos de trabalho. Com isso, a taxa de informalidade foi de 39,6% da população ocupada, ou 34,0 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,5% e, no mesmo trimestre de 2020, foi 39,9%. O setor informal é mais sensível a variações da economia e, ao fim do primeiro trimestre, mais especificamente em março, houve endurecimento de medidas de distanciamento, por causa da alta dos casos de Covid-19. 

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No setor formal, o IBGE aponta que o nível de trabalhadores com carteira assinada ficaram estáveis (29,6 milhões). Porém, há um descompasso entre essa pesquisa e a do Caged, do governo federal, que detectou aumento do estoque no governo formal. 

Desalento

A população desalentada, que são aqueles que desistiram de procurar trabalho, atingiu nível recorde no período. São 6 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior e crescendo 25,1% ante o mesmo período de 2020.

O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,6%. Ou seja, a taxa de desemprego só não é ainda maior porque muitos brasileiros desistiram de procurar uma ocupação. Vale lembrar que o IBGE considera como desempregado apenas o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.

Outro destaque da pesquisa foi a alta no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou que estão na força de trabalho potencial, ou seja, que trabalham menos que poderiam e gostariam. No primeiro trimestre, o contingente chegou a 33,2 milhões, o maior da série comparável, um aumento de 3,7% com mais 1,2 milhão de pessoas.

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A PNAD Contínua é feita com uma amostra que corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. 

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