Desemprego de longa duração recuou 18% no país em 2023
No 4º trimestre, 1,8 milhão de pessoas buscavam emprego há mais de dois anos, menos que os 2,2 mi em 2022; desocupação caiu em 26 unidades federativas
O Brasil encerrou 2023 com a taxa de desemprego no menor patamar desde 2014 e a ocupação em nível recorde. Em termos qualitativos, o mercado de trabalho apresentou sinais de melhora importantes. O desemprego de longa duração, quando a pessoa está buscando trabalho há mais de dois anos, recuou 17,6% em relação ao fim de 2022. É o que mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 16, pelo IBGE.
Segundo o órgão, no quarto trimestre do ano passado, cerca de 1,8 milhão de pessoas buscavam trabalho há dois anos ou mais, o que equivale a 22,3% da população desocupada. No mesmo período de 2022, haviam 2,2 milhões nessa situação. Outros 3,8 milhões de desocupados ao fim do ano passado estavam em busca de uma vaga entre um mês a menos de um ano. Esse grupo cresceu 0,7% frente ao quarto trimestre de 2022.
A melhora qualitativa no cenário reflete a queda da desocupação no país. Ao todo, 26 das 27 unidades da federação registraram queda, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro (-3,2 p.p.). O único aumento foi registrado em Roraima (1,7 p.p.). “Em 2023, oito unidades da federação atingiram a menor taxa anual de desocupação de sua série histórica na pesquisa”, destaca Beringuy. Foram elas: Rio Grande do Norte (10,7%), Alagoas (9,2%), Acre (7,5%), Tocantins (5,8%), Minas Gerais (5,8%), Espírito Santo (5,7%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,2%).
Renda
O rendimento da população também subiu. No quarto trimestre, o rendimento médio habitual foi de 3.032 reais, 3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (2.940 reais). No recorte regional, houve aumento de renda em três regiões: Norte, Nordeste e Sudeste, enquanto o Sul e o Centro-Oeste ficaram estáveis.