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Depois de quase dois anos e meio, dólar atinge R$ 4 com cenário político

Desempenho ruim de Geraldo Alckmin (PSDB) nas pesquisas eleitorais deixou mercado reticente com o cenário político

Por Ana Paula Machado
Atualizado em 21 ago 2018, 18h20 - Publicado em 21 ago 2018, 16h32

Depois de rondar os 4 reais no pregão de ontem, o dólar fechou em 4,0372 reais, uma alta de 2,01% em relação ao dia anterior. Essa cotação não era alcançada desde 18 de fevereiro de 2016 (4,0493 reais), período de maior turbulência do governo Dilma, com o início do processo de impeachment. O avanço da moeda americana ocorreu principalmente depois da divulgação das pesquisas eleitorais que apontam um desempenho ruim do candidato preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB).

“O comportamento da moeda americana no pregão de hoje foi influenciado pelo cenário interno. O real teve um comportamento diferente do de outras moedas, que se valorizaram depois das declarações do presidente Donald Trump sobre o FED (Federal Reserve). A conta dessa desvalorização foi mesmo as pesquisas eleitorais divulgadas ontem, que mostram que o candidato do PSDB não está bem nos levantamentos. Ele, aliás, é o candidato do mercado”, disse o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech. 

Pesquisa do Ibope divulgada na noite de segunda-feira 20 revelou que, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) liderava a corrida pelo Palácio do Planalto com 20% das intenções de voto. Em seguida, vinham Marina Silva (Rede), com 12%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%, Alckmin, com 7%, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4%, e o senador Alvaro Dias (Podemos), com 3%.

Indech afirmou, ainda, que as incertezas no mercado devem continuar até o início do horário eleitoral gratuito. “O cenário político é muito instável e não teremos clareza de como o dólar irá se comportar até pelo menos a propaganda na TV e no rádio”, ressaltou o analista acrescentando que a valorização da moeda americana neste mês até o dia 20, já chegava a 5,5%.

André Perfeito, economista da Spinelli Corretora, disse que depois das pesquisas eleitorais o mercado verificou que o candidato Geraldo Alckmin tem dificuldades em avançar na preferência do eleitor. “O mercado tinha claro que Alckmin teria um desempenho melhor e poderia ganhar a eleição. Agora, essa possibilidade está mais incerta”, disse Perfeito.

Segundo ele, o cenário econômico poderia estar pior caso o país não tivesse em reservas 382 bilhões de dólares e uma balança comercial superavitária. “A nossa situação fiscal é pior do que a da Turquia se não fossem as nossas reservas. Então, 4 reais, apesar do desconforto, é até aceitável”, afirmou o economista.

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