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De olho em Trump e aprovação de Lula, Ibovespa sobe 2,8%; dólar cai a R$ 5,70

Com nervosismo controlado, principal índice da B3 acucmula avanço de 3% na semana, enquanto moeda americana cede 1,7%

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2025, 18h50 - Publicado em 14 fev 2025, 17h34

Depois de uma série de preocupações dos investidores em relação à imposição de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o cenário voltou para a calmaria. E, em meio a esse ambiente já favorável a ativos de risco, os investidores no Brasil também se animaram com a última pesquisa Datafolha, divulgada hoje, que mostrou uma expressiva queda na aprovação do governo do presidente Lula.

Como resultado, o Ibovespa se acomodou acima dos 128 mil pontos (128.218 pontos) no fim do pregão, em alta de 2,70%, enquanto o dólar encerra a semana em queda de 1,3%, a 5,70 reais. Na semana, o principal índice da B3 caminha para um avanço de 3%, enquanto a divisa americana acumula baixa de 1,7%.

Os agentes de mercado receberam bem o anúncio de Trump das tarifas recíprocas contra os países que importam produtos americanos, depois de já ter anunciado a imposição de uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA.

Embora o tarifaço faça parte de uma agenda dura de imposições comerciais de Trump, o anúncio — em especial o de tarifas recíprocas — foi muito mais uma plano de implantação de regras do que propriamente um confronto comercial direto. No caso das tarifas recíprocas, além de não entrarem em vigor imediatamente, haverá tempo para os países sentarem na mesa de negociação com os EUA e propor novas diretrizes comerciais.

“O que tenho percebido é que todas as revelações de Trump em relação a tarifas não são tão imediatas”, afirma Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital. “O governo brasileiro faz bem de já de não fazer um contra-ataque. Acho que essa política de Trump é muito capaz de abrir uma possibilidade de conversas.”

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No Brasil, a agenda mais leve permite ao Ibovespa seguir em ritmo positivo, enquanto investidores digerem as informações da nova pesquisa Datafolha, do jornal Folha de S.Paulo, divulgada perto do fechamento dos negócios.

Segundo o levantamento, a aprovação do presidente Lula caiu para 24%, sendo a pior de todos os seus três mandatos. Há dois meses, a aprovação era de 35%. A reprovação subiu de 34% para 41% no mesmo período. A desaprovação de Lula agrada os investidores que desejam um governo mais liberal e pró-mercado, sobretudo em relação à agenda fiscal, que é mal avaliada atualmente.

Pela manhã, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostrou que 14 estados atingiram os menores patamares de desocupação já registrados. A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,6% em 2024, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023 (7,8%). A queda foi registrada em todas as regiões do país e em 22 das 27 unidades da federação.

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Embora positivo do ponto de vista macroeconômico, os números sugerem uma atividade ainda forte no Brasil, o que pode significar uma inflação mais resiliente e, portanto, menos espaço para uma política monetária flexível — conforme já esperado pelos investidores. Para o curto prazo, os dados tiveram efeito limitado nos mercados.

Outro destaque foi a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovida nesta manhã pela Fiesp. Ele afirmou que a política tarifária de Trump pode afetar muito mais o México do que o Brasil.

“Ainda estamos tentando entender as medidas que serão efetivas e suas repercussões”, disse ele. O discurso se alinha ao do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que chamou as tarifas de Trump sobre o aço e alumínio de “contraproducentes”, embora tenha reconhecido que tais medidas também dependem de estudos para que se saiba o real impacto delas.

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