Criação de empregos nos EUA desacelera e ajuda aliviar pressão no Fed
A taxa de desempregou subiu para 3,9% com a criação de 150.000 postos de trabalho, abaixo da previsão de 170.000
A economia dos Estados Unidos experimentou uma mudança de ritmo na criação de empregos em outubro, de acordo com os dados mais recentes do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira, 3. A expansão do emprego ficou abaixo das expectativas, com as folhas de pagamento não-agrícolas registrando um aumento de 150.000 postos de trabalho, contrastando com a previsão de consenso do mercado que projetava um acréscimo de 170.000.
O crescimento mais lento na criação de empregos pode sinalizar um respiro para o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), que tem estado sob intensa pressão para conter a alta da inflação. A desaceleração vem em um momento crítico quando a economia americana enfrenta o risco de uma recessão, pressionando o Fed a ponderar cuidadosamente suas próximas ações.
A taxa de desemprego subiu ligeiramente para 3,9%, um resultado ligeiramente acima do consenso, que esperava que a taxa se manteria estável em 3,8%. O rendimento médio por hora – um indicador-chave da pressão inflacionária – teve um aumento modesto de 0,2% em outubro, abaixo da expectativa de 0,3%. Nos últimos 12 meses, o rendimento médio por hora subiu 4,1%.
A desaceleração na geração de emprego, embora seja motivo de cautela, também pode trazer um alívio temporário na batalha contra a inflação, oferecendo ao Fed mais espaço para manobras em sua política monetária.