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Correios definem reestruturação e apontam para empréstimo ‘indispensável’ de R$ 20 bi ainda em novembro

Após prejuízo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre, a estatal indica como pretende se manter de pé

Por Felipe Erlich 21 nov 2025, 14h37

Os Correios aprovaram nesta quarta-feira, 19, um plano de reestruturação financeira da empresa, segundo comunicado divulgado hoje. As medidas propostas buscam reequilibrar as contas da estatal, que passa por uma crise sem precedentes. O plano inclui a demissão voluntária de funcionários, a eliminação de pontos de atendimento deficitários, a venda de imóveis pertencentes à estatal, entre outras iniciativas para enxugar a operação.

Uma das principais metas dos Correios é o firmamento de um empréstimo de 20 bilhões de reais junto ao setor bancário. “Recurso indispensável para a transição estrutural projetada para a empresa”, é como os Correios classificam o aporte, que deve ser fechado ainda neste mês de novembro, segundo a estatal.

No primeiro semestre deste ano, os Correios apresentaram um déficit expressivo de 4,4 bilhões de reais. O valor é maior do que o rombo referente a todo o ano de 2024, quando o prejuízo ficou em 2,6 bilhões de reais.

A monetização de ativos imóveis da estatal pode render até 1,5 bilhão de reais, de acordo com o plano apresentado nesta semana. Em relação à eliminação de pontos de atendimento deficitários que hoje compõem a rede dos Correios, a empresa prevê reduzir até mil pontos em todo o país. Atualmente, cerca de 10 mil unidades de atendimento estão na lista de ativos da companhia.

“O documento (plano de reestruturação) define as ações que irão assegurar a continuidade, eficiência e qualidade dos serviços postais em todo o território nacional, garantindo integração, comunicação e logística — de forma financeiramente sustentável”, diz o comunicado divulgado nesta sexta-feira, 21. A reestruturação foi dividida em três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento.

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Além do programa de demissão voluntária de funcionários dos Correios, os servidores também terão seus custos com planos de saúde remodelados. A empresa diz que também vai perseguir uma adimplência com 100% dos seus fornecedores, além da “modernização e readequação do modelo operacional e infraestrutura tecnológica”, sem dar muitos detalhes sobre como isso deve acontecer.

Uma novidade da divulgação desta semana é que os Correios consideram a possibilidade de realizar fusões, aquisições ou outros tipos de reorganizações societárias com outras empresas. A intenção é “fortalecer a competitividade da estatal no médio e longo prazo”, diz a nota.

Os Correios esperam que, com o avanço da readequação financeira, possam reduzir o déficit da operação em 2026 e voltar a ter algum lucro em 2027.

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