Controladora da Parmalat vai se fundir com Prosperity
Pela fusão, a Laep, controladora da marca Parmalat no Brasil, deixará de existir e a Prosperity será sucessora de todas as obrigações conjuntas das empresas
O conselho de administração da Laep, controladora da Parmalat e da grife Daslu, aprovou a fusão da empresa com a Prosperity Overseas, controlada pela Companhia Fabril e Comercial de Angola, informou a empresa brasileira na noite de segunda-feira.
“A decisão do conselho de aprovar a fusão foi justificada, entre outros motivos, pela situação patrimonial em que se encontra a sociedade e suas companhias investidas”, afirmou a Laep, citando o pedido de recuperação da judicial da Lácteos Brasil na semana passada .
Pela fusão, a Laep, controladora da marca Parmalat no Brasil, deixará de existir e a Prosperity, com sede em Bermuda, será sucessora de todas as obrigações conjuntas das empresas. A fusão precisa da aprovação dos acionistas da Laep, que se reunirão em assembleia em 7 de março.
Se a fusão for aprovada, os investidores receberão 0,517 real para cada ação classe A ou BDR que detiverem, segundo a Laep. A empresa informou que o valor representa um prêmio de mais de 26% sobre o preço de fechamento dos BDRs na segunda-feira e um ágio acima de 9% sobre a média de fechamento dos últimos 170 pregões.
Em 2011, o ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, de 72 anos, foi preso em cumprimento da sentença emitida pela Corte Suprema italiana que o condenou a oito anos e um mês de prisão por falência fraudulenta da empresa alimentícia em 2003.
Na semana passada, a Lácteos Brasil (LBR), joint venture criada há cerca de dois anos para tentar consolidar diversas empresas do segmento de lácteos no país, entrou com pedido de recuperação judicial, conforme informado pela Monticiano, uma das acionistas da companhia. “A empresa está pedindo um fôlego para os credores financeiros”, disse a empresa em comunicado, confirmando o pedido de recuperação judicial. “Já havia um plano de recuperação operacional e o que vai ser feito agora é aprofundar isso.”
(com agência Reuters)