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Conselho da CNI escolhe nesta quinta substituto de presidente afastado

Eleito vai ocupar interinamente o cargo no lugar de Robson Andrade, alvo de operação da PF sobre fraudes no Sistema S

Por Por Redação
26 fev 2019, 15h32

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai realizar na próxima quinta-feira 28 uma reunião de seu Conselho de Representantes para definir o presidente substituto da entidade. O escolhido ocupará temporariamente o cargo de Robson Andrade, alvo da operação Fantoche da Polícia Federal (PF).

A informação foi divulgada pela própria CNI, órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria, nesta terça-feira, 26. Segundo a entidade, a medida está prevista em seu estatuto.

A convocação da reunião foi feita por vinte das 27 federações estaduais que integram o conselho. O presidente interino será escolhido entre quatro vice-presidentes da entidade: Antônio Carlos da Silva, Glauco José Côrte, Paulo Afonso Ferreira e Paulo Skaf.

No último dia 19, o atual presidente, Robson Andrade, foi preso como alvo da operação Fantoche, deflagrada para investigar suspeitas de fraudes no sistema S e no Ministério do Turismo. No mesmo dia, a Justiça Federal de Pernambuco determinou sua soltura. Dois dias depois, o mesmo juiz, Robson Braga Andrade, determinou o afastamento de Andrade de seu cargo na CNI.

De acordo com as investigações da operação Fantoche, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuava desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de 400 milhões de reais decorrentes desses contratos.

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As apurações indicaram que o grupo utilizava entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar a celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S.

Os contratos eram, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada. A principal beneficiária do suposto esquema teria sido a empresa Aliança Comunicação.

(Com Estadão Conteúdo)

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