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Conar barra comercial da Nextel com “ruivo da Vivo”

Órgão de regulamentação publicitária foi acionado pela Tim e pela Oi, que alegaram concorrência desleal e dano a suas imagens

Por Da redação
Atualizado em 16 mar 2018, 12h16 - Publicado em 16 mar 2018, 11h08

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou na última quarta-feira a suspensão do comercial da operadora de telefonia móvel Nextel que fazia referência a concorrentes. A decisão é liminar e válida até o julgamento do caso, previsto para maio. Até lá, o Conar determina que a empresa deve interromper a veiculação do vídeo na internet e na televisão (veja o vídeo abaixo).

Na peça, o ator João Cortês, que ficou conhecido por atuar em propagandas da Vivo, aparece em cenários e situações que remetem a propagandas de outras operadoras – Tim, Claro, Oi e a própria Vivo. As referências são indiretas. No caso da Tim, o personagem questiona um ator, que está sapateando de modo similar ao que é visto em um comercial da operadora. “Por quê você está dançando no meio da biblioteca?”, diz ele.

Cortês é interpelado por outro ator: “Você não é o ruivo da…”. Ao que responde, interrompendo: “Era, agora não sou mais. João Cortês, prazer. Faça como eu, mude para Nextel”. A referência à Oi acontece quando um personagem ouve Cortês dizer que a Nextel foi considerada a melhor operadora do Brasil por três anos e diz “Oi?”.

A decisão do Conar acontece em resposta ao pedido da Tim e da Oi, que alegaram concorrência desleal e ter a imagem denegrida. Entre os itens que podem ser considerados como concorrência desleal está a alegação, sem provas, de superioridade frente à concorrência. O filme traz como referência da afirmação da Nextel uma legenda indicando prêmio recebido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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A liminar é válida até o julgamento do caso em segunda instância, que não tem data para ocorrer, mas a expectativa é de que ele seja pautado para as próximas reuniões do Conar, em maio. Não há punição por parte do órgão em caso de descumprimento da determinação.

Versões das empresas

Procurada por VEJA, a Nextel disse que vai acatar a determinação e estuda medidas a serem tomadas. A empresa afirma que busca veicular propagandas claras e transparentes, e que as informações estavam identificadas. “A operadora esclarece que o uso da expressão ‘melhor operadora de celular do Brasil’ em sua atual campanha tem como base a pesquisa Melhores Serviços, realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com o Blend New Research – HSR que pelo terceiro ano consecutivo apontou a Nextel como líder do ranking de telefonia móvel do país.” afirmou a empresa em nota.

A Tim e a Oi disseram que não comentariam o caso.

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