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Como se comportar em uma entrevista de emprego

Há atitudes que podem prejudicar os candidatos em um processo de seleção; confira

Por Da redação
12 Maio 2017, 16h04

O número de desempregados no Brasil atingiu a marca de 14,2 milhões no primeiro trimestre, um novo recorde, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador, que piorou desde a última medição, é um fator que pode desanimar os candidatos que buscam uma colocação profissional.

A hora da entrevista de emprego é um bicho-papão para muitos candidatos. Sem roteiro definido, os candidatos podem seguir algumas dicas para se preparar melhor.

Segundo o gerente da Page Personal, Lucas Oggiam, há algumas frases que devem ser evitadas e que variam de acordo com a vaga almejada. “Ninguém quer ouvir de um gestor que ele não gosta de liderar as pessoas”.

Entretanto, o modo como o candidato se comporta e a atitude são as duas características que mais pesam. Segundo o profissional, um dos piores erros durante o processo de seleção é não ter nada a dizer ao ser questionado sobre os defeitos. “É pior do que falar alguma frase meio tonta, todo mundo tem algo a melhorar”.

Outro deslize comum acontece quando os candidatos são questionados do porquê desejam deixar a empresa atual. “Dizer ‘Já aprendi tudo o que eu podia aprender aqui’ demonstra uma imaturidade grave, prova que a pessoa não tem percepção de que ela sempre pode aprender algo”, explicou Oggiam.

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Do outro lado, há comportamentos que podem ajudar o candidato. “É importante quebrar o gelo, usar bem os primeiros cinco minutos de conversa com o entrevistador. Uma piada de bom gosto, elogiar o escritório, essas coisas ajudam muito”.

Demonstrar interesse pela empresa também destaca a pessoa. “Falar que leu reportagens sobre a companhia faz o entrevistador pensar sobre o interesse do candidato. Algumas pessoas vão um pouco além e falam do mérito do entrevistador, como ‘Vi seu histórico no LinkedIn’, isso é uma faca de dois cumes, tem gente que gosta e outros que vão se sentir stalkeados”.

“Todo mundo quer se vencer em um processo e demonstrar que tem competência. Ser sincero sobre o que você precisa aprender, falar de forma sensata de suas limitações é importante e demonstra uma maturidade que a maioria das pessoas no mercado de trabalho brasileiro não tem”.

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O profissional cita o caso de um dos seus clientes, que teria passado a noite a entrevista lendo balanços e notícias do último ano da empresa. “Por 30 minutos, ele e o entrevistador só conversaram sobre isso. O processo era longo, mas em 24 horas, entrarem em contato com o candidato para contratá-lo. Não era a pessoa com a melhor formação, que todo mundo acha que tem que ter, mas o brilho nos olhos que ele demonstrou foi determinante”.

Ainda segundo Oggiam, cerca de 25% das entrevistas agendadas não acontecem e os candidatos não justificam a falta. “Uma pessoa pontual é bem vista, nenhum gestor gosta de contratar candidato que chega atrasado”.

O candidato tem que manter em mente que está sendo avaliado em todo o momento. “Muita gente não sabe fazer entrevista, mesmo porque não fazemos tantos entrevistas assim. Ganha pontos quem faz uma pesquisa elaborada da empresa, quem faz perguntas pertinentes. No momento de explicar as atividades profissionais, os candidatos tem que evitar falar rapidamente, há uma história em cada lugar que a pessoa trabalhou, é bom explicar o desafio da vaga, o que você fez e o resultado daquela ação”.

“Não existe roteiro, por isso as perguntas do contato inicial da empresa são essenciais. Siga o seu currículo, deve ser um script do que você gostaria de falar em uma entrevista”, completou o profissional.

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