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Como Margarete Coelho passou de favorita a carta fora do baralho na Caixa

Ex-vice-governadora do Piauí como candidata à presidência da Caixa é nome descartado, na visão de interlocutores de Arthur Lira

Por Felipe Mendes Atualizado em 12 set 2023, 20h39 - Publicado em 12 set 2023, 11h32

Principal cotada para assumir a Caixa Econômica Federal até alguns dias atrás, a deputada Margarete Coelho (PP-PI) é vista, hoje, como carta fora do baralho no jogo político para o cargo. Fontes afirmaram a VEJA que a deputada apresentou resistência à escolha, uma vez que teria de abrir mão de seu cargo atual como diretora de administração e finanças do Sebrae. Além disso, Margarete, segundo analisa uma fonte, teria dificuldade de ver seu nome ser aprovado para a posição, já que não dispõe dos requisitos técnicos necessários para assumir o cargo.

Aliada de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que costura a indicação para o comando do banco estatal, a ex-vice-governadora do Piauí também vislumbra a possibilidade de galgar à presidência do Sebrae. A entidade, que promove crédito a micro e pequenas empresas, hoje comandada pelo petista Décio Lima, também estaria na lista de barganhas propostas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Centrão.

É praticamente certo, entretanto, que a troca no comando da Caixa acontecerá nos próximos dias, mesmo com alguma resistência da atual presidente do banco estatal, Rita Serrano. Fontes dentro da empresa e no parlamento avaliam que Rita não soube transitar no Congresso, não deu vazão às denúncias de assédio pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, e também não deu resultados efetivos no comando da instituição.

Nas últimas semanas, Rita disse em uma videoconferência interna que as especulações sobre seu futuro na empresa constituem “assédio” e que o rumo trilhado pelo banco “a partir de janeiro está dando certo”, o que ampliou o desgaste da presidente da Caixa com algumas lideranças do PT. Embora o nome do ex-presidente da estatal, Gilberto Occhi, agrade ao Centrão, é provável que a escolha da substituta de Rita seja por uma mulher. O nome de Danielle Calazans, funcionária de carreira da Caixa e que atualmente é secretária do Planejamento, Governança e Gestão no Rio Grande do Sul, aparece com força no momento.

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Em nota enviada a VEJA, a assessoria de imprensa da Caixa ressalta que o relacionamento institucional com agentes políticos se dá por meio de “audiências agendadas com membros da alta administração do banco”, e que, em 2023, “todas as solicitações de audiências recebidas pelo banco foram atendidas, registrando, até o momento, 366 reuniões com governadores, parlamentares e prefeitos, o que representa um aumento de mais de 50% em relação ao ano inteiro de 2022”. Sobre o ex-presidente da empresa, Pedro Guimarães, diz que “a Corregedoria da CAIXA concluiu, por meio de investigação externa e independente, a investigação em setembro de 2022 e enviou relatório conclusivo aos órgãos competentes (Ministério Público Federal, Corregedoria-Geral da União, Ministério Público do Trabalho e Comissão de Ética Pública), e segue à disposição das autoridades”.

A nota também destaca os ganhos financeiros que a instituição obteve desde a ascensão de Rita ao comando: avanço de 3,2% no lucro líquido do primeiro semestre deste ano, para 4,5 bilhões de reais; aumento na carteira de crédito de 14,4% e na carteira de crédito imobiliário de 15% no segundo trimestre frente a igual período do ano anterior; além de crédito habitacional para 1,3 milhão de pessoas, gerando 581 mil empregos. “Os resultados mostram a solidez do banco e consolidam o papel da CAIXA no desenvolvimento do país, gerando emprego, renda, moradia e inclusão social”, encerra o comunicado.

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