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Com Selic a 9%, poupança volta a render mais

Aplicações na poupança voltam a render 6,17% ao ano (ou 0,5% ao mês) mais o porcentual da Taxa Referencial (TR), que até 11 de agosto era de 0,0207%

Por Talita Fernandes
28 ago 2013, 20h16

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros da economia (a Selic) para 9% altera a regra de rendimento da poupança para seu formato antigo. Com o novo patamar dos juros, o dinheiro aplicado na poupança volta a render 6,17% ao ano (ou 0,5% ao mês) mais o porcentual da Taxa Referencial (TR), calculada pelo BC, que até 11 de agosto era de 0,0207%. Até a decisão desta quarta, o rendimento era equivalente a 70% da Selic, que estava em 8,5% ao ano.

A regra de rendimento da poupança foi alterada em maio do ano passado quando o governo editou a Medida Provisória 567, alterando a Lei 8.177, de 1991. Com a MP, a poupança passou a ter rendimento menor – de 70% da Selic – sempre que o juro básico estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano. “A intenção do governo com essa regra foi evitar que, com um patamar de juros menor, a poupança rendesse mais do que aplicações financeiras, o que fere a lógica do mercado financeiro”, explica o professor de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.

A mudança na regra de rendimento ocorreu devido ao intenso corte de juros feito pelo Banco Central, que reduziu a Selic repetidamente entre agosto de 2011 e agosto de 2012, quando a taxa básica atingiu seu menor patamar histórico, 7,25%, que foi mantido até abril deste ano.

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Poupança bate recorde – Apesar da mudança nas regras, o brasileiro continuou atraído pelos investimentos na poupança, que teve captação recorde em diversos meses deste ano. Em julho, a caderneta de poupança registrou captação líquida positiva de 9,331 bilhões de reais, recorde para o mês e a segunda maior da história, de acordo com a série histórica do BC, iniciada em 1995.

Leite explica que o brasileiro tende a preferir a poupança porque não há grande diferença de rendimento entre a aplicação e fundos de renda fixa. “Grande parte dos aplicadores pensa no curto prazo, então fica mais interessante aplicar na poupança, onde o investidor não paga imposto de renda”, explica.

As aplicações em fundos de renda fixa considerados conservadores, como o Certificados de Depósito Bancário (CDB) ou Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) têm custos de administração (que costumam variar entre 0,5% e 1% dos ganhos) e cobrança de imposto de renda. Nesses fundos, quanto mais tempo o dinheiro permanece aplicado, menor o IR cobrado.

Para o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, com o aumento da Selic, os rendimentos da caderneta de poupança continuam atrativos na comparação com os fundos de renda fixa.

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