Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Com inflação crescente, mercado vê crescimento próximo de zero em 2022

Mercado projeta pela primeira vez o IPCA encerrando 2021 em 10,12% e em 4,96% no próximo ano, beirando o limite da meta; PIB deve fechar 2022 em 0,70%

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 nov 2021, 10h35 • Atualizado em 22 nov 2021, 13h51
  • Há cerca de cinco meses o mercado financeiro vem elevando semanalmente as projeções de inflação. A escalada nos preços chegaram agora, pela primeira vez, em dois dígitos, com o previsão de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrar o ano em 10,12%, segundo o  Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira, 22. Com a deterioração das condições econômicas, os analistas consultados pelo Banco Central vê efeitos no crescimento da economia. O mercado também revisou para baixo o Produto Interno Bruto (PIB), chegando próximo a zero em 2022,  de 0,93% para 0,70%. Há um mês, os  analistas previam um crescimento de 1,4%.

    O cenário projetado pelo mercado também começa a indicar um caminho para a estagflação. Bancos como o Goldman Sachs e o Banco Ourinvest já projetam essa realidade para a economia brasileira no próximo ano. Ambas as instituições indicam uma inflação entre 4,9% a 5% e PIB abaixo de 1% em 2022. O Boletim Focus desta segunda-feira elevou a projeção de inflação para 2022, saindo de 4,79% para 4,96%. Assim, para o próximo ano, o alvo de 3,5%, também já está perdido e a previsão encosta no limite de tolerância da meta, que é de 5%.

    A conjuntura tem obrigado o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (Selic) para arrefecer a alta os preços. A projeção do mercado continua com a Selic em 9,25% ao final ano. Mas, para o próximo ano, o mercado elevou a projeção de 11% para 11,25% com a piora das expectativas inflacionárias. Embora a alta da Selic seja o único remédio para a inflação disponível no momento — uma vez que o governo não tem indicado maior preocupação com a questão fiscal e em controlar as incertezas que pressionam o valor do dólar –, subir demais os juros pode não controlar esses preços e ainda prejudicar o crescimento econômico do país, que hoje também enfrenta um elevado nível de desempregados, de mais de 14 milhões. Na segunda semana de dezembro, o BC divulga a última decisão da Selic no ano, que pode ter um aumento de 1,5 ponto percentual, chegando aos 9,25% estimados pelo mercado e dá diretrizes para o próximo ano.

    Alta dos preços

    Segundo especialistas, hoje a inflação segue bastante pressionada por fatores externos como a crise hídrica e o preço dos combustíveis, cuja cotação é definida internacionalmente, por isso o aumento desenfreado da Selic pode não surtir tantos efeitos nesses preços. A inflação deve seguir bastante pressionada pelos combustíveis, que está sendo constantemente reajustado para cima, com expectativas de essa escalada se estender ao longo do primeiro semestre de 2022. O cenário interno com as incertezas fiscais geradas pelo rompimento do teto dos gastos e o imbróglio da PEC dos Precatórios também estão deteriorando o cenário. Incertezas no cenário interno desvalorizam o real frente ao dólar. O dólar chegou a bater mais de 5,70 reais com o abandono da responsabilidade fiscal pelo governo.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    O mercado não espera — e você também não pode!
    Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.