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Colchetes, o que esse sinal gráfico tem a ver com a COP30?

Palavras que causam discussão são destacadas e debatidas por dias a fio nas mesas de negociação

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 nov 2025, 19h31 - Publicado em 12 nov 2025, 18h58

À medida que as negociações da COP30 avançarem, um sinal gráfico assumirá um papel ultrarrelevante na formulação do texto final da conferência, que será apresentado no próximo dia 21: o colchete [esse aqui, para quem não conhece].

São os colchetes que passarão a abraçar aqueles termos mais controversos, mas que são importantes para definir as políticas climáticas. Dependendo de como o texto é formulado, elas podem definir, por exemplo, se determinada medida é mandatória, ou não.

Por isso, os países membros que integram as plenárias passam horas — às vezes dias — definindo os termos exatos colocados entre colchetes. “Quando se entra no processo de formulação de uma decisão, nem todo mundo vai concordar com a sentença toda, então é preciso destacar o que não é consenso, para ver se o texto fica ou sai”, explica Natalie Unterstell, presidente do Instituto Tanaloa. “Uma coisa é o conteúdo que está sendo discutido, outra é a forma de comunicá-lo”.

As edições anteriores da COP foram marcadas por muitas discussões em torno de textos finais. Uma das mais emblemáticas ocorreu em Dubai, em 2023, quando pela primeira vez o mundo decidiu que deveria “se afastar” das fontes de petróleo. Antes de chegar a essa expressão cogitaram-se as palavras “transição gradual” e “eliminação gradual”.

Os países produtores e dependentes de petróleo pressionaram e acabaram suavizando o texto final, o que levou a uma discussão quase semântica em torno de uma das decisões mais importantes já tomadas em COPs. Muitas nações entendem que esse compromisso é apenas um indicador sobre o caminho a seguir e não uma medida obrigatória.

Quem participa da COP na condição de sociedade civil também pressiona os governos para incluir determinados termos nos colchetes. É o jeito de garantir que determinadas agendas sejam contempladas pela ONU. “Um monte de gente vem com uma agenda única e faz o que for necessário para ver sua causa refletida no texto final, mas é preciso ter cuidado. Não é porque determinada palavra entrou ou deixou de entrar que a decisão é boa ou ruim”, diz Natalie.

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