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Chuvas de outubro não serão suficientes para recuperar níveis dos reservatórios

Depois do verão mais seco em 73 anos, meteorologistas afirmam que precipitações não serão suficientes para preencher reservatórios este ano

Por Marília Carrera
15 out 2014, 07h42

As chuvas devem retornar com mais força no Sudeste e no Centro-Oeste a partir do início da semana que vem, mas a situação dos reservatórios da região deve permanecer crítica ao longo dos próximos meses. “O bloqueio de ar seco que está sobre a região central do país se romperá na próxima semana com a passagem de uma frente fria, trazendo umidade e possíveis pancadas de chuva no Sudeste e Centro-Oeste. As chuvas tendem a ser tornar mais regulares a partir de novembro, fazendo com que a capacidade dos reservatórios volte a se recuperar. Mas é preciso lembrar que os reservatórios passam por uma situação atípica, então a recuperação será lenta”, diz a chefe da meteorologia da Climatempo, Bianca Lobo.

Dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) mostram que São Paulo viveu o verão mais seco em 73 anos, com precipitações 45% abaixo do esperado. Em dezembro de 2013, choveu apenas 38,8% da média climatológica. Em janeiro de 2014, choveu 85,9%. Em fevereiro de 2014, choveu 38,2%. “Precisaríamos ter o oposto ao que aconteceu no ano passado, ou seja, um ano com chuvas acima do normal para recuperar a capacidade dos reservatórios. Se as chuvas se mantiverem na média climatológica, demorarão três anos para recuperar a capacidade dos reservatórios”, acrescenta Bianca.

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O meteorologista da Somar Meteorologia Celso Oliveira explica que somente pancadas de chuva repentinas são insuficientes para reabastecer os reservatórios em meio à situação crítica. O especialista afirma que o ideal seriam chuvas abrangentes e constantes, acompanhadas de temperaturas mais baixas. “A melhor situação seria dias fechados de chuvas constantes. Para encher os reservatórios, é importante que você tenha abrangência, ou seja, todos os rios e afluentes de uma região precisam receber água. E temperaturas mais baixas, porque o calor faz a água que cai no chão evaporar com muita facilidade. As pancadas que acontecem no final da tarde não costumam ajudar muito, porque não são muito abrangentes e as altas temperaturas no dia seguinte farão a água evaporar.”

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o subsistema mais importante do país, correm o risco de encerrar o mês com nível abaixo daquele registrado na época do racionamento. Estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que os reservatórios podem atingir 19,9% da capacidade em outubro de 2014, enquanto levantamento elaborado pela Comerc Energia mostra que os reservatórios atingiram 21,3% da capacidade em outubro de 2001. O número é divulgado semanalmente pelo ONS, portanto, pode passar por revisões até o fim do mês.

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