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China derruba live do lançamento do iPhone 12 da Apple

Ações da Apple caem na Nasdaq depois do lançamento do primeiro telefone da empresa com tecnologia 5G

Por Josette Goulart Atualizado em 4 jun 2024, 14h57 - Publicado em 13 out 2020, 16h52

Tim Cook, o presidente da Apple, abriu o lançamento do iPhone 12 nesta terça-feira, 13, dizendo ser o começo de uma nova era. Afinal, estava ali para lançar seu telefone com 5G, a tecnologia celular de quinta geração que promete ser tão rápida que vai transformar a relação das pessoas e das coisas com a internet. Mas, do outro lado do mundo, a nova era não chegou. Pelo menos, não a do iPhone 12. A China derrubou a live da Apple sem nenhuma razão, segundo informou um repórter de tecnologia da Bloomberg, que fica baseado em Pequim. A notícia também foi reproduzida pela agência Reuters. A Apple disse a VEJA que não iria comentar o assunto.

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Tencent Video, Bilibili, Iqiyi e Weibo teriam cancelado a live. Se a medida é uma retaliação chinesa a Donald Trump, isso ainda é uma incógnita. Mas, se levado em conta que o presidente Trump baniu a Huawei dos Estados Unidos, alegando que os chineses estão espionando os americanos, por que a China não poderia dizer o mesmo da Apple? A Huawei é uma das maiores fabricantes de equipamentos telefônicos do mundo e está impedida de operar o 5G nos Estados Unidos. Não há ainda explicação para o ocorrido na live da Apple. Mas as ações da empresa na Nasdaq chegaram a cair 5% depois que a live começou, às 14h, hora de Brasília. Já caminhando para a última hora do mercado americano, os papéis ainda caíam quase 2%.

Se a China resolver retaliar a Apple, o impacto sobre a empresa pode ser tremendo. Cerca de 20% das vendas da companhia acontecem na China. Quando o governo Trump disse que iria banir o WeChat e o TikTok dos Estados Unidos, em agosto, e proibiu as empresas americanas de fazer negócios com estas empresas, a Apple estremeceu. Na China, cerca de 95% daqueles que possuem iPhone disseram que simplesmente trocariam de telefone caso não rodasse o WeChat, um super aplicativo que serve para quase tudo no país. Ele chega a ser considerado mais importante que o próprio celular, como pode se notar. Na época, Trump tranquilizou a Apple dizendo que a medida só valia para os negócios em solo americano. Mas a dúvida de como a China responderia ao caso ficou no ar. Em meados de setembro, o jornal chinês Global Times chegou a informar que a Apple poderia ser apresentada à “Lista de Entidades Não Confiáveis” pelo Partido Comunista Chinês. Trata-se de uma lista de empresas estrangeiras acusadas de maltratar empresas chinesas.

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Não bastasse a encrenca com a China, o lançamento do iPhone 12 com 5G também passa por um outro teste: o quanto as pessoas estarão dispostas a comprar um telefone só porque ele tem um 5G, que nem funciona ainda tão bem mesmo nos Estados Unidos onde a tecnologia já está disponível. Alguns analistas estão reportando pesquisas que mostram que só 10% dos americanos que possuem um iPhone estariam dispostos a fazer a troca. Mas a pesquisa não levou em consideração alguns atrativos que a Apple anunciou hoje como uma parceria com a telefônica Verizon para incrementar a experiência de quem assiste a um jogo de futebol americano no estádio ou a possibilidade de jogar um dos games mais famosos do mundo, o League of Legends, com alta definição diretamente na tela da celular. Resta saber se será suficiente para atrair compradores. A Apple também lançou hoje o HomePod, um auto-falante inteligente da Siri que chegou para competir com o Echo e a Alexa, da Amazon.

Em agosto, no auge da valorização das ações da Apple na Nasdaq, alguns especialistas chegaram a apostar que a empresa passaria a valer 3 trilhões de dólares por conta do potencial de venda do iPhone com 5G nos próximos dois anos. A empresa bateu o valor recorde de 2 trilhões de dólares em agosto e mesmo com a baixa do mercado em setembro tem resistido e ficado acima da marca na maior parte dos pregões. Nesta terça, mesmo com a queda do dia, a empresa ainda valia 2,1 trilhões de dólares.

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