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China acusa EUA de ‘bullying’ após votação que pode banir TikTok do país

Governo chinês afirmou que adotará "todas as medidas necessárias" para proteger os interesses das empresas chinesas no exterior

Por da Redação
Atualizado em 14 mar 2024, 09h01 - Publicado em 14 mar 2024, 08h55

A China criticou nesta quinta-feira a votação de um projeto de lei nos Estados Unidos que visa proibir a operação do TikTok no país. Segundo o texto aprovado na Câmara dos Deputados, o aplicativo de vídeos pode operar desde que corte os vínculos com a empresa matriz chinesa, a ByteDance.

O governo chinês afirmou que adotará “todas as medidas necessárias” para proteger os interesses das empresas chinesas no exterior. “Os Estados Unidos deveriam respeitar os princípios da economia de mercado e concorrência justa, (e) parar de reprimir injustamente as empresas estrangeiras” declarou He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio da China nesta quinta-feira. 

Leia também: Câmara dos EUA aprova projeto que pode banir TikTok no país

O porta-voz do governo Chinês, Wang Wenbin, acusou os EUA de bullying com o projeto. “Se o pretexto da segurança nacional pode ser usado para suprimir arbitrariamente empresas excelentes de outros países, não há equidade ou justiça digna de nota”. 

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A iniciativa ainda precisa passar pelo Senado, onde deve enfrentar mais resistência que na Câmara de Representantes, pois alguns congressistas questionam uma medida que consideram muito drástica.

A aprovação acontece pouco mais de uma semana desde que o projeto foi proposto, após uma audiência pública com pouco debate. No mês passado, a campanha de reeleição do presidente Joe Biden criou uma conta no TikTok, aumentando as esperanças entre os funcionários da empresa de que a legislação seria improvável este ano.

Em comunicado, o TikTok criticou a velocidade dada à aprovação do projeto por parte dos legisladores. “Temos esperança de que o Senado considere os fatos, ouça os seus eleitores e perceba o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que utilizam o nosso serviço”, disse a empresa.

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Discussão antiga

A tentativa de restringir o TikTok ocorre desde 2020, ainda sob a gestão do então presidente Donald Trump. No entanto, tentativas de proibir o uso da plataforma foram bloqueadas por tribunais. Críticos do aplicativo argumentam que Pequim estaria forçando a ByteDance a compartilhar dados sobre seus usuários americanos e espalhar desinformação. Em março de 2023, o chefe da empresa chinesa, Shou Zi Chew, compareceu a um comitê legislativo dos Estados Unidos e foi interrogado por cinco horas.

O TikTok negou compartilhar os dados pessoais com o governo chinês e insistiu em que recusaria qualquer pedido do tipo, se solicitado.

“O governo está tentando privar 170 milhões de americanos de seu direito constitucional à liberdade de expressão”, disseram representantes do aplicativo em comunicado. “Isso prejudicará milhões de empresas, privará artistas de audiência e destruirá os meios de subsistência de inúmeros criadores (de conteúdo on-line) em todo o país”, completaram.

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A tentativa de proibição foi recebida negativamente por grande parte dos americanos, que já realizaram diversos protestos. Apesar das manifestações, o projeto segue e, em maio, o governador de Montana, Greg Gianforte, proibiu o uso do aplicativo no estado.

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