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Chile não quer mais barreiras comerciais com o Brasil durante a crise

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno, sua alegação a favor do livre-comércio 'não é um chamado ao Brasil' em particular ,

Por Da Redação
8 out 2012, 16h29

O ministro de Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno, defendeu nesta segunda-feira, perante o ministro brasileiro Antonio Patriota, a necessidade de evitar a criação de novas barreiras comerciais em momentos de crise. Moreno destacou que a troca de produtos e serviços só pode gerar benefícios para duas economias com ‘alto nível de complementariedade’, como as de ambos os países.

“É importante não cair na tentação de colocar barreiras para o comércio”, afirmou Moreno em discurso durante a inauguração de um seminário dedicado à relação bilateral entre Brasil e Chile, que foi realizado nesta segunda no Rio de Janeiro.

Em declarações a jornalistas, Moreno explicou que sua alegação a favor do livre-comércio ‘não é um chamado ao Brasil’ em particular e, além disso, rejeitou que o Chile possa ser prejudicado pela recente decisão do Brasil de elevar as tarifas a 100 produtos importados.

“Frente à crise econômica, o que devemos fazer é nos unir e não nos separarmos, que é justamente o que produzem as barreiras”, disse Moreno. Ele apontou que a união dos países sul-americanos não deve ser apenas comercial, mas física, com a construção de infraestruturas de transporte e a integração dos sistemas energéticos.

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Mais negócios – Sobre a relação com o Brasil, Moreno disse que seu país quer ser mais ambicioso, aumentando os investimentos bilaterais e estreitando a cooperação em áreas como ciência e tecnologia, incluindo a construção de telescópios e a colaboração na Antártida.

O Brasil irá se juntar ao Observatório Austral Europeu (ISSO, sigla em inglês) que inaugurará em março, no Chile, seu maior radiotelescópio e que também planeja construir no país o maior telescópio óptico do mundo, em parte com a colaboração do Brasil, disse Moreno.

Em relação à Antártida, Moreno assegurou que o Chile quer ‘aumentar’ a colaboração com o Brasil, especialmente na reconstrução da estação brasileira Comandante Ferraz, que foi destruída por um incêndio em fevereiro. Patriota qualificou como ‘valiosa’ a assistência do Chile na reconstrução da base antártica e afirmou que para o Brasil, interessa continuar cooperando no continente gelado.

Os chanceleres jantaram juntos na noite do domingo, no Rio de Janeiro, para falar de comércio, investimentos e questões políticas regionais, segundo Patriota.

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Comércio Exterior – Os ministros também conversaram sobre a próxima cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em janeiro de 2013 no Chile, e sobre o encontro que este bloco regional realizará em paralelo com a União Europeia.

O chanceler brasileiro destacou as relações comerciais entre os dois países e lembrou que o Chile é o maior investidor latino-americano no Brasil, especialmente em setores como os de energia, agricultura, tecnologia e aviação, depois da fusão entre as companhias aéreas LAN e TAM, líderes em seus respectivos mercados.

Os investimentos chilenos no Brasil somam 12 bilhões de dólares e a corrente de comércio entre ambos os países chegou a US$ 10 bilhões no ano passado, segundo estatísticas brasileiras.

(Com agência EFE)

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