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CDB: o que muda para quem tem dinheiro no Banco Master

Liquidação do Banco Master acende alerta entre investidores e reforça os limites de cobertura do FGC

Por Carolina Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 nov 2025, 10h26 - Publicado em 18 nov 2025, 10h03

A Polícia Federal prendeu, na noite de segunda-feira, Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Após a operação, o Banco Central decidiu decretar a liquidação extrajudicial da instituição, medida que encerra de imediato suas atividades e transfere a responsabilidade sobre os depósitos para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Para os investidores que possuem CDBs emitidos pelo Banco Master, a regra é clara: os recursos estão protegidos pelo FGC até o limite de 250 mil reais por CPF ou CNPJ, por instituição financeira. Esse valor inclui tanto o valor aplicado quanto os juros acumulados até a data da liquidação. Na prática, quem tem investimentos dentro desse limite receberá integralmente o montante corrigido. Já os investidores com valores superiores ao teto poderão ter perdas, restritas ao valor que exceder os 250 mil reais.

Diferentemente do que alguns acreditam, o investidor não perde a rentabilidade do CDB dentro da cobertura do FGC. O que pode ser perdido é apenas a parcela que ultrapassa o limite de garantia. A partir da decretação da liquidação, o fundo assume o processo de pagamento, que costuma levar algumas semanas, e a partir daí os depósitos elegíveis passam a ser restituídos aos clientes.

Existe também a incidência de Imposto de Renda sobre os investimentos tributáveis, essa que será descontada do valor total pago pelo FGC. Se o prazo entre a data da aplicação e a data da liquidação for inferior a 30 dias pode haver uma cobrança de IOF.

O pagamento do seguro costuma ser rápido. Em 2021, durante a liquidação extrajudicial da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB), o FGC efetuou o ressarcimento de todos os credores em apenas dois dias, desembolsando cerca de 120 milhões de reais.

Nos últimos dias, o Master passou a reduzir as taxas de remuneração dos seus CDBs, papéis que antes pagavam 110% do CDI, por exemplo, recuaram para 107%, um movimento interpretado por analistas como tentativa de suavizar a pressão dos investidores e ajustar o custo de captação após o aumento das incertezas. Ao mesmo tempo, cresce o fluxo de pessoas tentando se desfazer desses títulos no mercado secundário, em plataformas como XP e BTG, o que evidencia um clima de cautela. Caso parte da carteira de CDBs fique fora da operação de compra do banco, esses papéis podem depender integralmente da cobertura do FGC. Isso acende o alerta sobretudo para investidores com valores acima do limite garantido, já que a liquidez no vencimento pode não ser suficiente para atender a todas as demandas.

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