Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Carta ao Leitor: Abundância sem competitividade

Esta é a situação paradoxal de momento no setor elétrico — uma área em que o Brasil tem tudo para levar vantagem comparativa no mundo

Por Da Redação 26 jul 2024, 06h00

Na história do uso da eletricidade no Brasil, em 1879 já era inaugurado o primeiro sistema público, com lâmpadas de arco voltaico. Ao longo de 150 anos, o país construiu um impressionante setor elétrico. Num território de dimensões continentais, com múltiplos acidentes geográficos, está quase completo o abastecimento dos brasileiros. Uma conhecida vantagem nesse campo é a geração baseada majoritariamente em fontes não poluentes, a começar pela hídrica. Mais recentemente, veio a expansão das alter­na­ti­vas alimentadas por ventos e pela luz do sol. Além da diversificação de fontes — sustentáveis —, a abundância da oferta é uma marca dos dias de hoje.

No entanto, o Brasil vive uma situação paradoxal: sobra energia e os preços são elevados para os consumidores. O que deveria ser um fator de competitividade das empresas no país se converteu no contrário. A reportagem “Em busca de um equilíbrio”, que começa na pág. 14, mostra esse quadro intrigante. Fica claro que os subsídios distribuídos a partes do setor precisam ser revistos, sob pena de os privilégios de uns serem mantidos com o sacrifício da maioria. Para ter ideia, dois dados: o custo da eletricidade representa 30% do preço final; o custeio dos subsídios onera em 13% a conta de luz residencial. É uma situação complexa, mas que pode ser resolvida — a bola está com o governo.

Ainda no campo da energia, está em momento melhor o ramo de biocombustíveis. Esse é um dos assun­tos da entrevista com Ricardo Mussa, presidente da Raízen, a maior produtora de etanol do país. Ele defende que o uso de sua principal matéria-­prima, a cana, pode ser muito mais amplo. Para o Brasil, ele afirma, “o coração da descarbonização está aí”, em benefício de frotas e indústrias, por exemplo. Confiante nas possibilidades de mercado, apenas no ano passado a empresa investiu 13 bilhões de reais em expansão e inovação.

Com gestão adequada, a abundância vira o que deve ser: vantagem competitiva.

Publicado em VEJA, julho de 2024, edição VEJA Negócios nº 4

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.