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Campos Neto defende que autonomia do BC seja aprovada até março

Segundo ele, há ambiente propício para análise na Câmara, citando ainda o apoio do presidente Rodrigo Maia na empreitada

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 15h12 - Publicado em 9 jan 2020, 18h35

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a defender, nesta quinta-feira, 9, o projeto que concederia autonomia à instituição. Campos Neto afirmou que há “ambiente legislativo propício” para análise da matéria ainda no primeiro trimestre deste ano, citando também o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantindo, por exemplo, mandatos fixos àqueles que presidam o BC e maior desprendimento de ingerências do governo federal. Questionado sobre qual proposta contava com o apoio da instituição, uma vez que há textos diferentes tramitando no Senado e na Câmara, ele afirmou que endossa a proposta da Câmara, que incorporou o projeto de autoria do Executivo sobre a autonomia. Para além de refletir a visão do BC sobre como deve ser sua autonomia formal, o projeto relatado pelo deputado Celso Maldaner (MDB-SC) é mais extenso e complexo, contando também com alterações adicionais ao tema da autonomia, como a criação dos depósitos voluntários remunerados.

Sobre eventual mandato duplo estabelecido para o BC, contemplando também uma meta para crescimento econômico —proposta que não consta dos dois projetos em tramitação no Congresso —, Campos Neto disse ser contra a medida, reiterando que “a melhor forma de contribuir com crescimento no médio e longo prazo é através do controle de inflação”. A apresentação de Campos Neto também mencionou uma Lei das Infraestruturas do Mercado Financeiro para o período de abril a junho, assim como a regulamentação do arranjo do sistema de pagamentos instantâneos e normativos do sistema de open banking e a digitalização da economia brasileira, iniciada durante a gestão de Michel Temer com uma agenda de modernização da instituição e seus processos.

Segundo ele, com a crise entre Estados Unidos e Irã, o Banco Central será responsável por avaliar como os eventos podem afetar a inflação no Brasil. “Importante é olhar o impacto do conflito nas variáveis macroeconômicas e como nós entendemos que as variáveis macroeconômicas influenciam nossas projeções”, afirmou ele. Campos Neto exemplificou que o petróleo havia subido no primeiro dia do “conflito recente do Irã”, mas que já estava sendo cotado abaixo do patamar de antes do ataque de drone dos EUA que matou o poderoso general iraniano Qasem Soleimani em Bagdá no dia 3 de janeiro. “A única coisa que podemos mencionar é que depende dos impactos que vão ter. Temos dois elementos que tiveram volatilidade grande: petróleo e carne”, afirmou ele.

(Com Reuters)

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