Por Angus McDowall
RIAD, 13 Jan (Reuters) – O premiê britânico, David Cameron, disse, durante visita à Arábia Saudita nesta sexta-feira, que o mundo “se reuniria” para evitar que o Irã feche a rota de embarque de petróleo do Estreito de Ormuz e que a Rússia deve ter uma postura mais firme contra a Síria.
No mês passado, o Irã ameaçou bloquear a estratégica passagem caso seja submetido a qualquer nova sanção internacional sobre seu programa nuclear, o qual diz ser para uso civil, mas que países ocidentais acreditam visar a construção de uma bomba atômica.
“Em termos do Estreito de Ormuz, é do interesse do mundo todo que os estreitos estejam abertos e eu tenho certeza de que se houvesse qualquer ameaça para fechá-los, o mundo se reuniria e garantiria que eles continuassem abertos”, disse Cameron em entrevista à televisão, da qual a Reuters também participou.
Cameron está na capital Saudita, Riad, para uma visita de um dia ao maior exportador de petróleo do mundo, onde se encontrou com o rei Abdullah e outros membros da família real.
O premiê disse que ele e o rei Abdullah discutiram a situação com o Irã durante o encontro, que durou duas horas, e que eles também discutiram as situações na Somália, Iêmen e Síria.
Perguntado sobre se as Nações Unidas iriam impor uma resolução mais firme sobre o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, por conta de sua repressão violenta sobre civis, Cameron disse que o Conselho de Segurança precisava adotar uma linha mais dura.
“Nós temos sido incapazes de progredir francamente porque existem alguns países no Conselho de Segurança que têm vetado ou ameaçado vetar resoluções mais adequadas à Síria”, disse ele, destacando a Rússia.
ENCONTROS REAIS
Durante sua visita, Cameron também se reuniu com ministro das Relações Exteriores do conservador reino islâmico, o príncipe Saud al-Faisal, e o ministro da Inteligência, o príncipe Muqrin bin Abdulaziz.
A Arábia Saudita é um grande comprador de armamento britânico, e fontes britânicas da defesa dizem que estão negociando a compra saudita de 48 aviões Typhoon Eurofighter.
(Reportagem de Angus McDowall)
REUTERS PM ES