ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Buser, startup para dividir frete de ônibus, recebe aporte do Softbank

Banco japonês não revelou o valor disponibilizado; empresa de ônibus prevê investimento de R$ 300 milhões nos próximos 12 meses para expansão dos negócios

Por da Redação
Atualizado em 7 out 2019, 12h11 - Publicado em 7 out 2019, 10h29

A Buser, startup de fretamento e compartilhamento de ônibus executivos, recebeu aporte nesta segunda-feira, 7, liderado pelo grupo japonês SoftBank. O valor não foi divulgado, porém a Buser afirmou que deve investir 300 milhões de reais nos próximos 12 meses para a expansão do negócio. Além do SoftBank, a rodada foi acompanhada pelo Grupo Globo e pelos investidores atuais, Canary, Valor Capital Group e Monashees. Os investidores da Buser têm em seu portfólio outras startups, como 99, Rappi, Loggi, Gympass, Stone, Cargox, Uber e Quinto Andar.

Segundo Marcelo Abritta, cofundador da startup, a meta da empresa é alcançar 200 cidades em 20 estados nos próximos 12 meses, gerando 100 empregos diretos e 5.000 indiretos. “Com isso, será possível atingir a marca de 30 mil viajantes por dia, gerando economias anuais de 500 milhões de reais aos usuários”, disse. Hoje, a empresa tem quase 2 milhões de usuários cadastrados e informa transportar até 3.000 pessoas por dia.

A Buser, fundada em 2017 em Minas Gerais, traçou no final de 2018 plano para se expandir por todo o Sudeste neste ano e metas para entrada em outras regiões a partir de 2020. A companhia conecta passageiros a operadoras de ônibus e afirma que viagens reservadas por sua plataforma custam até 60% menos que passagens compradas em rodoviárias. A companhia cobra do operador do ônibus uma taxa que varia de zero a 20% do valor de cada viagem, dependendo do número de passageiros por veículo.

Paulo Passoni, sócio de investimentos do SoftBank responsável pela operação, destaca que “esse é o início de uma parceria de longo prazo entre Softbank e Buser”.  O SoftBank lançou em março um fundo de investimento de 5 bilhões de dólares focado na América Latina e, desde então, tem injetado recursos em companhias como Rappi, QuintoAndar e Banco Inter.

Disputa judicial

Apesar dos aportes, a empresa vem sofrendo frequentes questionamentos judiciais sobre sua operação. Recentemente, a Justiça Federal do Paraná e de Santa Catarina proibiu o funcionamento do aplicativo, alegando a prática de transporte clandestino de passageiros. A empresa, no entanto, afirma que uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, permite os novos investimentos e funcionamento da plataforma.

Em maio, Fachin negou um pedido da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) sobre a suspensão do aplicativo. O STF ainda decidirá sobre a legalidade do Buser, mas ainda não há data para o julgamento.  Em setembro, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou o funcionamento do app no estado. Em São Paulo, também há decisão favorável à empresa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.