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Britânico quer escavar lixão para reaver R$ 276 mi em bitcoins

Técnico em informática jogou fora, por engano, parte de computador em que estavam armazenadas suas moedas virtuais

Por Da redação
Atualizado em 5 dez 2017, 16h58 - Publicado em 5 dez 2017, 13h04

Um técnico de informática britânico planeja escavar um aterro sanitário para recuperar um disco rígido de computador que contém o equivalente a 276,6 milhões de reais em bitcoins. O equipamento foi jogado fora por engano há quatro anos. Com o aumento astronômico da cotação da moeda virtual nos últimos tempos, a fortuna guardada nele aumentou consideravelmente.

Segundo jornais britânicos, James Howells diz que começou a juntar bitcoins em 2009 — o mesmo ano em que a tecnologia surgiu. Ele obteve cerca de 7.500 unidades da moeda virtual ao rodar programas em seu laptop que resolvem problemas matemáticos  complexos — processo conhecido como “mineração”. Naquela época, a cotação da moeda virtual era de frações de centavos.

Mas a máquina acabou sendo desmanchada e os componentes foram vendidos no site de leilões eBay. Howells, porém, guardou em uma gaveta o HD onde estavam armazenados arquivos que o identificam como dono dos bitcoins (a chamada “carteira”). Ocorre que a peça foi jogada no lixo, por engano, durante uma faxina em 2013.

Os  bitcoins de Howells estão presentes atualmente na rede mas, sem a identificação, ninguém consegue fazer transação alguma com eles. Como o bitcoin é um sistema anônimo e sem controle central, não é possível creditar a quantia a alguém sem as chaves.

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Altamente volátil, a cotação do bitcoin disparou no último ano e se valorizou mais de catorze vezes. O preço passou de 754 dólares (2.432 reais) para 1.422 dólares (36.842 reais) no período, segundo índice divulgado pela Bolsa de Nova York.

Desafio

Howells estima que o desafio é grande, por causa do custo, da complexidade da engenharia envolvida em aterros sanitários e de riscos como liberação de gases e explosão. A ideia é juntar dinheiro necessário ao projeto junto a investidores. “Esperamos que o processo leve algo entre três e doze meses, e seria financiado por investidores privados que então ganhariam uma parcela dos bitcoins do HD, quando ele for encontrado”, disse, por e-mail, à reportagem de VEJA.

O técnico em informática acredita que, se a moeda virtual continuar se valorizando, aumentará o apelo para que o conselho municipal o autorize a realizar o projeto. “Quanto mais o valor sobe, mais eu tenho chance de recuperá-lo, então tem sido um jogo de espera nos últimos anos… esperar até que o preço do bitcoin seja alto o suficiente para que o HD seja um tesouro atraente o bastante para ser caçado”, disse ao The Telegraph.

Ele mora na cidade de Newport, no País de Gales.

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