Brexit, um divórcio complicado e repleto de incertezas econômicas
Britânicos decidem nesta quinta se o Reino Unido permanece ou não na União Europeia. Resultado do referendo terá repercussões sobre a economia global
Os britânicos decidem nesta quinta-feira se o Reino Unido deve ou não continuar integrando a União Europeia. Uma eventual saída colocaria ambas as partes diante de uma situação sem precedentes e as forçaria a construir um novo relacionamento, cheio de incertezas, após mais de 40 anos de casamento. E o resultado terá repercussões sobre a economia de todo o mundo.
Das regras trabalhistas ao comércio exterior, tudo pode mudar caso a opção pela saída saia vencedora do referendo. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, fala em “provável e inevitável apreciação do dólar”. O megainvestidor George Soros acredita em “Black Friday”, um trocadilho que junta a menção à tradicional data de descontos do varejo a um cenário negro para a economia um dia após a realização do referendo.
O tema é complexo – e inédito. O temor dos que se opõem ao Brexit (contração, em inglês, da expressão “saída britânica”) é que ele desencadeie iniciativas semelhantes de outros membros da UE, minando décadas de trabalho para a integração do continente europeu. Quem é favorável ao desembarque afirma que o Reino Unido tem sofrido com a burocracia da união Europeia e despesas que não trazem benefícios à altura à população.
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Por ser uma iniciativa sem precedentes, não é possível saber com precisão qual lado é o mais sensato – embora os grandes líderes do planeta, entre eles o presidente americano Barack Obama, estejam fazendo campanha aberta para que os britânicos votem contra o Brexit.
Veja os argumentos pró e contra a saída do Reino Unido da UE, divididos por temas econômicos.
(Da redação)