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Brasileiro com salário médio trabalha 3,5 dias para encher o tanque

Um trabalhador com salário médio de R$ 2.169 compromete quase 12% da renda para completar um carro com tanque de 55 litros

Por Gilmara Santos
16 jun 2018, 08h25

A escalada de preço da gasolina está levando o brasileiro a comprometer uma parcela cada vez maior do rendimento para encher o tanque do carro. São necessário 3,5 dias de trabalho para completar um reservatório de 55 litros. O cálculo leva em consideração o salário médio do trabalhador brasileiro – que foi de 2.169 reais no primeiro trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, o preço médio da gasolina (4,603 reais por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo),e um tanque de 55 litros.

Para completar esse reservatório, o motorista terá que desembolsar 253,16 reais. Ou seja, 11,7% do salário médio do brasileiro. “É um porcentual de comprometimento muito elevado. O ideal seria que fosse algo entre 2% e 3% do rendimento”, aconselha o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.

“Considerando que normalmente as pessoas usam mais que um tanque de combustível por mês, o comprometimento da renda pode ser ainda maior”, avalia a coordenadora dos cursos de graduação em administração, processos gerencias e gestão financeira na Faculdade Fipecafi, Luciana Machado. 

Um motorista que roda em média 30 km por dia, ou seja, 600 km por mês para ir ao trabalho e gasta mais 750 km por mês com passeios, consumirá 168,7 litros de gasolina por mês, considerando um carro com desempenho de 8 km por litro. Com o preço médio atual, terá que desembolsar 776,52 reais por mês só com combustível. “Estamos falando de 35% do salário ou pouco mais 10 dias de trabalho só para ir ao emprego ou se divertir com a família”, comenta a Luciana.

Quanto menor o salário, mais dias o consumidor precisa trabalhar para encher o tanque. Nas menores faixas de renda, a posse do veículo também é menor. Juliana Inhasz, professora de Finanças do Insper, lembra que metade dos brasileiros recebia um salário médio de 754 reais em 2017. “Considerando o desconto do INSS, sobrariam 694 reais. Nesse caso, teríamos um salário diário de 31,54 reais e teríamos que trabalhar muito mais dias para encher o tanque de combustível”, diz a professora.

Alternativas

Com o preço da gasolina nas alturas, especialistas consideram que a melhor maneira de poupar algum dinheiro com o abastecimento é aderindo ao compartilhamento de veículos.

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“Mudar hábitos de transporte, como dar caronas e dividir o custo do combustível, utilizar meios públicos de transporte ou dividir o carro de aplicativo com outras pessoas são algumas alternativas para reduzir as despesas com gasolina”, diz o especialista em finanças Rogério Favalli, da Favalli Financial Quality Assurance.

O especialista sugere ainda para aqueles que estão pensando em trocar de carro que escolham um modelo que consuma menos combustível. Atualmente, muitas tecnologias embarcadas no veículo permite um melhor uso da gasolina.

 

 

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