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Brasil está conversando com China sobre livre comércio, diz Guedes

Durante encontro dos Brics, ministro defendeu integração mesmo que Brasil deixe de ter superávit nas exportações para os chineses

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 15h11 - Publicado em 13 nov 2019, 12h34

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o Brasil está em negociação com a China sobre a possibilidade de livre comércio entre os dois países, ao mesmo tempo em que o país continua as negociações para entrar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Menos de 20 anos atrás o PIB de Brasil e China era semelhante. Um país permaneceu fechado, o outro se abriu, agora a China está bem maior, não teve medo de se jogar à cadeia global”, disse Guedes durante seminário dos Brics em Brasília.

Guedes ressaltou que o Brasil quer mais integração com os demais integrantes do Brics, formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul. O Brasil é o anfitrião do encontro dos Brics que acontece em Brasília.

Hoje, a China é o maior importador de itens brasileiros, considerando o valor dos produtos, segundo dados do Ministério da Economia. No ano passado, o saldo comercial entre os dois países foi positivo em 29 bilhões de dólares para o Brasil. Na ocasião, mais de um quarto da exportação brasileira foi direcionada para os chineses. As vendas de soja, petróleo e minério de ferro respondem por 79% do total exportado pelos brasileiros aos chineses.

“Eu não me incomodo se, em uma situação de superávit com a China, nós nos equilibrarmos ali à frente, aumentando as exportações em 50% e as importações dobrando ou mesmo triplicando. O que nós queremos é mais integração ainda”, afirmou.

Acordos

Neste ano, como membro do Mercosul, o Brasil assinou dois grandes tratados de livre comércio que ainda não estão em vigor:  com a União Europeia e o EFTA, grupo composto por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

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O acordo firmado entre Mercosul e UE prevê  prevê que 92% das exportações do bloco sul-americano (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) para os 28 países-membros do bloco europeu sejam isentadas de impostos em um período de dez anos. A União Europeia terá retiradas as tarifas sobre 91% dos produtos que exporta para o Mercosul no mesmo período – no caso de produtos considerados ‘sensíveis’ (automóveis de passeio e peças de veículos) esse prazo será de quinze anos. Os dados do acordo foram divulgados pela União Europeia. Para que o acordo entre em vigor, é necessária  aprovação no Congresso de todos os países membros do bloco sulamericano e do parlamento da UE. 

Já o acordo com o EFTA prevê a liberação de 97% do comércio entre os países membros dos dois blocos. Também é necessária a aprovação dos parlamentos. 

(Com Reuters)

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