Bovespa abre em alta ajudada por Grécia

Por Fabrício de Castro
São Paulo – A aprovação pelo Parlamento da Grécia de mais medidas de austeridade, para que o país receba o segundo pacote de ajuda externa, alivia os mercados no exterior e traz um viés de alta para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Porém, hoje é dia de vencimento de opções sobre ações no Brasil, o que traz volatilidade até o meio do dia para papéis importantes para o Ibovespa, como os de Petrobras e Vale.
Às 11h07 (horário de Brasília), o Ibovespa avançava 1,04%, aos 64.666 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha alta de 0,72% e o Nasdaq futuro avançava 0,65%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, a Bolsa de Londres tinha alta de 1,09%, a Bolsa de Paris avançava 0,63% e a Bolsa de Frankfurt subia 0,88%.
O Parlamento da Grécia aprovou na noite de ontem um corte de gastos, avaliado em 325 milhões de euros, que prevê a redução do salário mínimo em 22% e a aceleração das privatizações. Essas condições haviam sido impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para liberar o novo pacote de socorro de 130 bilhões de euros ao país. Com isso, as bolsas europeias registram ganhos consistentes desde o início do dia, o que se reflete em outras praças.
“A Grécia é o motivo da alta generalizada. Se o pacote não tivesse saído, a Bovespa fatalmente estaria com um pouco de queda’, afirmou um operador. Na sexta-feira, o Ibovespa aproveitou a indefinição na Europa e o balanço ruim da Petrobras para fechar em queda de 2,34%, aos 63.997 pontos. Hoje, parte da perda pode ser recuperada, com o auxílio da Grécia.
A Petrobras, no entanto, segue no foco, porque hoje é dia de vencimento de opções sobre ações. “Até antes de sexta-feira, os comprados (investidores que apostam na alta dos papéis) estavam ganhando a disputa (no mercado de opções). Porém, com o balanço ruim da Petrobras, o preço à vista do papel recuou muito, o que ajudou os vendidos (que apostam na baixa dos papéis)”, explicou o operador, para quem as ações da Petrobras no mercado à vista não teriam caído tanto na sexta-feira caso o exercício de opções estivesse distante.
Esta disputa entre comprados e vendidos traz volatilidade até o meio do dia, quando ocorre o exercício de opções. Até a quarta-feira, porém, o mercado segue sob uma influência maior dos derivativos, já que ocorre no dia 15 vencimento dos contratos futuros do Ibovespa. “Esta é uma semana em que você não fala tanto em fundamentos das empresas. É uma semana difícil, em razão dos vencimentos”, disse o operador.
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