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Bolsonaro convida para 7 de setembro empresários de conversa vazada

Presidente disse que os convidou para as comemorações, porque são "pessoas honradas" e afirmou ser "uma covardia" a operação feita pela Polícia Federal

Por Da Redação Atualizado em 6 set 2022, 13h45 - Publicado em 6 set 2022, 13h42

Os empresários que há duas semanas foram alvo de uma operação da Polícia Federal por estarem envolvidos em um diálogo sobre a defesa de um golpe militar, em um grupo de WhatsApp, caso o ex-presidente Lula vença as eleições, foram convidados pelo presidente Jair Bolsonaro para participarem dos atos comemorativos do dia 7 de setembro. “Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro. Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo”, disse Bolsonaro em sabatina na rádio Jovem Pan.

Eles são Luciano Hang, da varejista Havan; José Koury, do Barra World Shopping; Afrânio Barreira, da rede de restaurantes Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, da empresa de shoppings Multiplan; Luiz André Tissot, da varejista Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, da empresa de artigos de surf Mormaii; e Meyer Joseph Nigri, da construtora Tecnica. Bolsonaro minimizou a conversa, revelada pelo site Metrópoles. “Qual o problema, em uma reunião de amigos, o cara falar o que vier na cabeça dele? Se a gente pega uma conversa nossa, de homem, em um canto, depois de um futebol, tomando uma tubaína, o que sai de besteira entre nós…”, questionou o presidente. “Uma covardia que fizeram com os oito empresários. Uma notinha do jornal Metrópoles, com emojis ali, se bloqueia conta, se faz busca e apreensão na casa de oito empresários”, disse ele.

Na operação da PF autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dez endereços em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará, além de quebra de sigilo bancário e contas nas redes sociais, com a alegação de os empresários envolvidos poderem estar por trás de financiamentos a atos hostis à democracia e a promoção de fake news favoráveis ao governo. Na conversa vazada, o empresário Koury escreveu “prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo.” Na ocasião, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, escreveu: “Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público”. Já o empresário Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, da Mormaii, escreveu: “O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro.”

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