Após o fechamento recorde de junho, os futuros americanos começam julho em baixa. Dá para explicar a queda desta manhã sob diversas perspectivas.

Uma é mais pragmática: após uma sequência de altas, investidores tendem a aproveitar a valorização para vender ativos e colocar algum lucro no bolso. Aí, as ações recuam momentaneamente.

Uma segunda razão para o recuo pode vir do ambiente internacional. Com a chegada de julho, diminui o prazo para que países fechem acordos comerciais com os Estados Unidos, de modo a evitar a entrada em vigor das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. Uma reportagem da Bloomberg afirma, por exemplo, que a União Europeia desistiu de qualquer acordo amplo e vai aceitar as tarifas de Trump, desde que consiga estabelecer exceções, como para o setor automotivo.

E há ainda a expectativa por novos dados do mercado de trabalho, que chegam em sequência nesta semana. Nesta terça, os EUA divulgam o relatório Jolts, que mostra vagas em aberto e funcionam como indicador de quão aquecida está a economia. O payroll, dado oficial de emprego, sai na quinta-feira.

Na Europa, as ações também recuam. Por lá, a inflação subiu a 2% em junho, no alvo do Banco Central Europeu, em leve alta quando comparado com o 1,9% registrado em maio. A valorização do euro pode baixar ainda mais a inflação, já que torna os produtos importados mais baratos e reduz o ritmo de exportações.

No Brasil, a agenda é fraca, com destaque para o plano do governo de levar a disputa do IOF para o Supremo Tribunal Federal. 

Agenda do dia

8h30: Durigan (Fazenda) participa de conferência do Citi em SP 
8h30: Guillen (BC) participa do ECB Forum on Central Banking 2025, em Sintra (Portugal)
10h30: Presidentes de Fed, Jerome Powell, BCE, Christine Lagarde, BoE, Andrew Bailey, e BoJ, Kazuo Ueda, participam do Fórum de Sintra   
11h: EUA publicam relatório de abertura de vagas (Jolts) de maio
11h: Lula participa de cerimônia para apresentação dos detalhes do Plano Safra 2025/26 para agricultura empresarial

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