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Boletim Focus mantém expectativa de inflação acima da meta para 2026 e 2027

Boletim divulgado nesta segunda-feira, 6, confirma dificuldade de as expectativas de inflação convergirem para a meta de 3%, o que deve manter os juros altos

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 out 2025, 11h28 - Publicado em 6 out 2025, 08h52

O mercado congelou as projeções de inflação para os próximos anos, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira 6. Para este ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esperado é de 4,80%, com uma leve queda em relação ao 4,81% da semana passada. Esta foi a única alteração nas estimativas de inflação deste Focus. Para 2026, o IPCA projetado segue em 4,28%; para 2027, em 3,90%; e para 2028; em 3,70%. Todas as estimativas estão, portanto, acima do centro da meta de 3%.

A resistência das projeções em convergir para a meta é um dos principais argumentos do Banco Central para manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. No Focus de hoje, os analistas consultados pelo BC apontam que a taxa deve encerrar 2025 neste patamar. Também não houve alterações na Selic esperada para os próximos anos: 12,25% em 2026, 10,50% em 2027, e 10% em 2028.

O principal argumento dos analistas para não baixar nem as estimativas de inflação, nem as de juros é a dificuldade do governo de equilibrar as contas públicas. Às vésperas do início da corrida eleitoral de 2026, é improvável que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que espera se reeleger no ano que vem, e os governadores contenham os gastos.

Por isso, o Focus desta segunda-feira mostra que o resultado fiscal primário encerrará 2025 com déficit de 0,5% – uma leve melhora em relação à semana passada, quando a estimativa era de 0,51%. Para o próximo ano, o mercado calcula um déficit primário de 0,6%. Em 2027, quando a maior parte dos economistas afirma que o governo federal corre um risco concreto de sofrer um shutdown devido ao esgotamento do orçamento para despesas discricionárias, o déficit estimado é de 0,40%. Em 2028, a conta cai para 0,15%.

Algo que pode aliviar a pressão é a valorização do real frente ao dólar, acompanhando o fortalecimento de moedas nacionais em todo o mundo. Segundo o Focus, o mercado aposta que a taxa de câmbio encerrará 2025 em 5,45 reais por dólar, abaixo da projeção anterior de 5,48 reais. Em 2026, contudo, a moeda americana deve fechar cotada em 5,53. A estimativa é menor que os 5,58 reais apontados pelo Focus na semana passada. Para 2027 e 2028, o mercado manteve a estimativa de 5,56 reais.

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O alívio sobre os preços permitido pela desvalorização do dólar será, em parte, anulado pelo aumento dos preços administrados em ritmo maior que o previsto na semana passada. Segundo o Focus, a inflação dessa categoria de produtos será de 4,81% em 2025. Esta foi a terceira alta consecutiva nas projeções. Para 2026 e 2027, as estimativas foram mantidas em 3,97% e 4% respectivamente. Já para 2028, houve um leve aumento de 3,69% para 3,70%.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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