Bancários paralisam mais de 10 mil unidades no país
Greve completou sete dias com paralisação em 10.024 unidades financeiras, entre agências e centros administrativos
A greve dos bancários completou sete dias nesta quarta-feira, com paralisação em 10.024 unidades financeiras, entre agências e centros administrativos, em todo o país. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), o aumento é de 63,12% em relação ao primeiro dia do movimento.
Em São Paulo, a paralisação mobilizou 32 mil bancários, 3 mil a mais que na terça-feira, afetando, ao todo, 15 centros administrativos e 668 agências. Um dos motivos para o aumento foi a adesão do setor de call center, considerado estratégico pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Nesta quinta-feira, a partir das 17h, o Sindicato dos Bancários de São Paulo realiza uma assembleia da categoria para avaliar a greve. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 11,93%, que representa 5 pontos porcentuais de aumento real, além de piso de 2.860,21 reais.
Os bancários pedem ainda três salários mais parcela fixa de 5.553,15 reais como Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). Também fazem parte da pauta de reivindicações melhores condições de trabalho e fim das demissões, entre outros benefícios.
Febraban – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que continua aberta a negociações e “aguarda posição do sindicato sobre a proposta contendo reajuste salarial de 6,1%”. Segundo a entidade, o valor é suficiente para corrigir salários, pisos e benefícios.
A proposta foi apresentada aos bancários no último dia 5, mas foi rejeitada pela categoria. Se fosse aceita, o piso salarial dos que exercem função de caixa, em jornadas de seis horas, passaria para 2.182,36 reais.
A proposta ainda prevê aumento no auxílio-refeição para 22,77 reais por dia e na cesta alimentação para 390,36 reais por mês, com direito à 13ª cesta. Além de auxílio-creche mensal de 324,89 reais por filho de até seis anos. No entanto, não traz modificação à fórmula atual da participação nos lucros.
No ano passado, a greve dos bancários durou nove dias, quando os trabalhadores conseguiram reajuste de 7,5%, com aumento real de 2 pontos porcentuais. A reivindicação inicial era semelhante à deste ano: 5 pontos porcentuais além da inflação.
(Com Estadão Conteúdo)