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Avianca perderá 18 aviões após a Páscoa, diz Anac

Frota da companhia deverá cair para 8 aeronaves após os arrestos das empresas de leasing; mais de 300 voos já foram cancelados

Por Clara Valdiviezo 18 abr 2019, 20h28

A Avianca Brasil vai devolver 18 aeronaves a partir de segunda-feira, 22, após o feriado de Páscoa. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou na noite de quinta-feira, 18, que além dos oito aviões divulgados na véspera, a Avianca ainda deverá restituir mais 10 aeronaves. Essa decisão deixa a situação da companhia mais crítica e dificulta a sua operação. Há uma semana, a empresa vem reduzindo drasticamente o seus voos, anunciando cancelamentos. Com esses arrestos, a frota da companhia cairá de 35 aviões, em 12 de abril, para 8, após a restituição das aeronaves. 

Em recuperação judicial desde dezembro, a empresa está com problemas com as arrendadoras que fazem o aluguel de aeronaves, por causa de dificuldades em honrar os pagamentos. Desses 18 aviões, sete voltarão para a empresa de leasing GCAS, seis para a ACG, quatro para a Vermillion e uma para a PK Airfinance. Procurada, a Avianca informou que não vai comentar a decisão de arresto das aeronaves.

O acordo de restituição de posse foi intermediado pela Anac de forma a garantir que a retomada ocorra após o feriado de Páscoa, para minimizar o impacto aos passageiros. As aeronaves serão retiradas de operação gradualmente. Até o momento, a aérea cancelou 305 voos de quarta-feira, 17, até segunda-feira, 22.

Está disponível no site da Avianca um link para conferir os voos que não acontecerão. A companhia informa que o consumidor que teve seu voo cancelado deve entrar com o pedido de reembolso no site ou falar com a agência de viagens que o vendeu a passagem.

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A Avianca operava, até sexta-feira, 12, com 35 aeronaves, quando a Justiça concedeu a restituição de posse de nove aviões, que foram devolvidos à Constitution Aircraft Leasing. Nesta quinta-feira, 18, a empresa aérea voa com apenas 26 aviões, sendo que dois destes estão em manutenção. Depois da restituição de mais 18 aeronaves, a aérea terá uma frota de apenas oito aviões.

Em 11 de dezembro do ano passado, a Avianca Brasil entrou com pedido de recuperação judicial. O objetivo era evitar a paralisação de suas atividades, já que a companhia aérea enfrenta dificuldades para manter aviões arrendados por falta de pagamento aos fornecedores e também vem atrasando as taxas aeroportuárias.

A Avianca é a quarta maior companhia aérea do país e suas dívidas somam quase 500 milhões de reais. A companhia chegou a devolver, em dezembro do ano passado, duas aeronaves Airbus A330 para as empresas de arrendamento.

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Os credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa aérea, que prevê a divisão dos ativos da companhia em sete Unidades Produtivas Independentes (UPI). Elas conterão, principalmente, as autorizações de pouso e decolagem (slots) da Avianca.

No dia 16, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo o edital do leilão de ativos da Avianca. A alienação está marcada para o dia 7 de maio, a partir das 14h, na região central de São Paulo. Pelas regras do edital, interessados em comprar ativos da Avianca têm 10 dias para encaminhar propostas. 

Gol e Latam já se comprometeram, cada uma, a ficar com pelo menos uma delas por 70 milhões de dólares (aproximadamente 270,3 milhões de reais).  A Azul havia assinado um pré-acordo para a compra de ativos no valor de 105 milhões de dólares (aproximadamente 405 milhões de reais).

Entretanto, o presidente-executivo da companhia aérea Azul, John Rodgerson, anunciou nesta quinta-feira, 18, a desistência da oferta pela compra de parte das operações da Avianca e acusou as rivais Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência. “É capaz de que a empresa nem chegue até o leilão pelo andamento da situação”, afirma Rodgerson.

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