As cobranças a Lula em torno de seus planos para a economia
Em paralelo, ex-presidente recebeu apoios importantes de figurões do cenário econômico
A ausência de sinalizações claras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação às diretrizes econômicas de uma eventual gestão vem causando incômodo por parte do setor produtivo e do mercado financeiro. O ex-presidente já afirmou que não manterá o teto de gastos e criticou medidas importantes adotadas recentemente, como a reforma trabalhista e a autonomia do Banco Central. Em paralelo, dá sinais dúbios sobre a gestão das finanças, como quando disse que a economia “não será gerida só por gente do PT”. Reportagem de VEJA desta semana aborda essa questão e mostra o quanto o silêncio de Lula sobre a questão econômica restringe que investidores movimentem-se baseados nessas diretrizes. Em paralelo, Lula recebeu apoios importantes de figurões do cenário econômico do país, como os pais do Plano Real. Em entrevista ao Radar Econômico, o ex-presidente do Banco Central Persio Arida afirma esperar que Lula seja responsável com as contas públicas. Ele diz também que o presidente Jair Bolsonaro representa uma ameaça à democracia além de ter sido um “fiasco” na condução da agenda de reformas.