Apple reduz produção do iPhone 13 por falta de chips
Crise de semicondutores compromete entrega de 10 milhões de unidades do novo smartphone

A Apple, multinacional norte-americana fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak, começa a ser impactada pela escassez global dos semicondutores, se juntando agora à lista de grandes companhias que precisaram cortar sua produção. A companhia reduziu sua meta de fabricar 90 milhões de unidades do iPhone 13 para 80 milhões, um corte expressivo de 10 milhões de unidades para o novo smartphone da marca.
O anúncio fez suas ações caírem. Na manhã desta quarta-feira, 13, as ações da Apple negociadas na Nasdaq estavam cotadas a 141,51 dólares, queda de 1,30%. Os BDRs negociados na B3 também apresentam queda de 0,78%, cotados a 78,43 dólares.
Até recentemente, a companhia com valor de mercado de 2,3 trilhões de dólares, tinha conseguido gerenciar sua cadeia de suprimentos para garantir os componentes necessários à sua produção, mas já havia avisado que poderia limitar sua capacidade para este ano. Em junho, a taiwanesa TSMC, a maior fabricante global de semicondutores, anunciou que ia dar prioridade aos pedidos da Apple e das companhias automotivas.
Mas alguns de seus principais fornecedores, a Broadcom e a Texas Instruments (TI), não estão conseguindo realizar a entregas dos semicondutores. A TI fornece peças de chip de tela, enquanto a Broadcom fornece os componentes sem fio. O tempo entre o pedido e a entrega dos chips está superando de 21,7 semanas, segundo dados do Susquehanna Financial Group.
Segundo especialistas do mercado, a escassez dos chips ainda deve perdurar. No início do ano, o CEO da fabricante de chips americana Intel, Pat Gelsinger, alertou que poderia demorar até dois anos para que a situação se normalize.
O problema com a Apple pode sinalizar os rumos da economia americana. Os desequilíbrios na cadeia de suprimentos devem continuar pressionando a inflação nos Estados Unidos, podendo impactar nas decisões do Fed, o banco central do país, nas próximas semanas.