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Após deflação em setembro, mercado revisa previsão de inflação para 3,28%

Na semana passada, a previsão era de 3,42% para o IPCA; a projeção está abaixo da meta definida pelo governo, mas ainda dentro da margem de erro

Por Larissa Quintino Atualizado em 4 jun 2024, 15h26 - Publicado em 14 out 2019, 08h47

O mercado financeiro voltou a cortar a previsão da inflação oficial do país para o próximo ano. Segundo economistas ouvidos pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 3,28%. Na semana passada a previsão era de 3,42%. Os dados estão no Boletim Focus desta segunda-feira, 14.

A revisão mais acentuada na inflação acontece na semana após o resultado de setembro do índice oficial trazer deflação de 0,04% e um acumulado, em 12 meses, de 2,89%.

O IPCA projetado pelo Focus está abaixo do centro da meta deste ano, definida em 4,25% pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa, no entanto, está dentro da margem de erro, que é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (2,75% a 5,75%). Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar a inflação oficial de setembro. No acumulado de 12 meses até agosto, última divulgação do indicador, o IPCA acumulado é de 3,43%.

Para 2020, o mercado também baixou a estimativa do IPCA, de 3,78% para 3,73%. No próximo ano, a meta da inflação é de 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%.

O mercado, entretanto, não reviu a taxa básica de juros, a Selic, e acredita que o indicador vai terminar 2019 com a taxa de 4,75% ao ano.  Atualmente a Selic está em 5,5%, menor patamar da história. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne no fim do mês para decidir sobre os juros e já sinalizou que deve fazer cortes adicionais como forma de estimular a economia.

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O Focus manteve as estimativas para o PIB do país. Em 2019, a economia brasileira deve expandir 0,87%, segundo os analistas de mercado financeiro consultados pelo BC. Para o ano que vem, a projeção é de alta de 2%. O PIB é a soma de todos os produtos e serviços produzidos em um país.

O próprio Banco Central tem uma perspectiva mais otimista, de alta de 0,90% no ano. O governo federal estima que o PIB cresça 0,85% ao ano. Qualquer uma das projeções, no entanto, representa desaceleração da economia, já que o PIB de 2018 foi de 1,1%. O indicador é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A previsão para a taxa de câmbio também foi mantida pelos analistas consultados pelo BC. A estimativa do mercado é que a moeda termine 2019 vendida a 4 reais. Os patamares ainda estão abaixo da cotação atual. Na sexta-feira, o dólar fechou vendido a 4,09 reais. Para 2020, a projeção é de que o dólar feche o ano em 3,95 reais, mais alta que na semana anterior, que era de 3,91 reais.

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