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ANP confirma interdição da Replan para evitar novos acidentes

Refinaria da Petrobras está interditada desde segunda-feira, 20, quando uma explosão, seguida de incêndio, atingiu três unidades da planta industrial

Por Estadão Conteúdo 27 ago 2018, 04h32

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nota na qual confirma ter comunicado à Petrobras que não permitirá a retomada da operação da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, nos próximos dias, como a empresa pretendia.

Para voltar a produzir combustível na sua maior refinaria, a estatal vai ter que aguardar autorização do regulador. A decisão contraria os planos da petroleira, que já tinha divulgado a intenção de religar ao menos metade das máquinas.

A Replan está parada desde a madrugada da última segunda-feira, 20, quando uma explosão, seguida de incêndio, atingiu três unidades da planta industrial. Não houve feridos e as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

A ANP, que acompanha as investigações desde o início, informou que o incêndio começou com a explosão de um tanque que faz parte da unidade de tratamento de água ácida. O fogo, então, se espalhou por outras duas unidades – de craqueamento catalítico e destilação atmosférica. O incêndio ainda atingiu parte da tubulação principal, que interliga diferentes unidades da refinaria.

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Como as máquinas são duplicadas, a Petrobras pretendia religar as que não foram atingidas pelo incêndio e, assim, retomar parcialmente a operação. A Replan tem capacidade para 434 mil barris por dia (bpd) de derivados e estava trabalhando quase à plena carga na segunda-feira, quando houve o acidente. A refinaria responde por quase 20% da produção da estatal.

“Para o retorno das operações, a Petrobras deverá encaminhar à agência documentos e informações que comprovem condições de segurança adequadas, e aguardar comunicado de desinterdição das instalações”, informou a ANP em comunicado oficial, no qual destaca preocupação com novos acidentes.

Sindicatos representantes dos empregados também se posicionaram contra a retomada da refinaria, ainda que parcialmente, por causa dos riscos à segurança dos funcionários.

“O problema é que várias linhas de tubulação, que passam pelas unidades prejudicadas, sofreram grandes avarias e essa malha é fundamental para o acionamento parcial da refinaria. Sem essas linhas periféricas funcionando perfeitamente, as duas unidades da destilação e do craqueamento que não foram atingidas pelo acidente ficam sem condições de operar”, afirma o Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP).

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A Petrobras instaurou uma comissão interna para investigar as causas do acidente, que contará com a participação de representantes dos empregados. Outra frente de trabalho foi aberta pela ANP, que deu início a um processo administrativo.

A empresa informou que já estava tomando as medidas exigidas pelo órgão regulador quando foi notificada de que a retomada da planta industrial está condicionada à apresentação de documentos que atestem a segurança da operação.

“A companhia está providenciando os documentos para comprovar o isolamento das áreas atingidas pelo fogo e, assim, liberar as unidades que não foram afetadas”, informou a Petrobras por meio de sua assessoria de imprensa.

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