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Americanas tem prejuízo de R$ 4,6 bi entre janeiro e setembro de 2023

Empresa teve uma redução de 45% em sua receita líquida nos nove primeiros meses do ano passado, influenciada pela forte queda nas vendas digitais

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 Maio 2024, 16h59 - Publicado em 26 fev 2024, 09h07

Americanas registrou um prejuízo de 4,6 bilhões de reais entre janeiro e setembro de 2023, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira, 26, pela companhia. O dado representa uma redução de 23,5% em relação ao prejuízo líquido de 6,02 bilhões de reais nos nove primeiros meses de 2022.

Os balanços financeiros da empresa estão atrasados, pois ficaram suspensos após o escândalo contábil, em janeiro de 2023. Em novembro do ano passado, a empresa divulgou os dados de 2022, com prejuízo de 12 bilhões de reais ao longo do ano, e uma revisão dos dados de 2021, em que foi reportado um prejuízo de 6 bilhões. 

Nos três primeiros trimestres de 2023 —ano em que eclodiu a crise  e a companhia entrou em recuperação judicial  —  a receita líquida caiu 45%, ficando em 10,3 bilhões de reais. A principal razão para essa baixa foi a forte diminuição nas vendas realizadas pelos canais digitais, que caíram 77% em relação aos nove primeiros meses de 2022. 

“No digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às entregas dos produtos e os sellers (vendedores) ficaram temerosos de não receber os repasses pelas vendas realizadas” , diz a empresa em relatório.

O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) vendido nos canais digitais entre janeiro e setembro foi de 4,8 bilhões de reais, menos de 30% de todo o GMV da companhia, de 16,1 bilhões de reais. No mesmo período de 2022, as transações digitais representavam cerca de 64% de todas as vendas da Americanas.

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No comunicado, a Americanas afirmou que houve também uma mudança na estratégia de negócios, visando aumentar sua rentabilidade. A empresa disse ter reduzido vendas da categoria 1P (quando o varejista vende o seu produto para o marketplace e é a Americanas que fica responsável por todo o processo de venda e entrega), migrando algumas categorias de produtos para a categoria 3P (quando é o varejista que realiza os processos de venda e entrega).

A estratégia, de acordo com a companhia, prioriza as operações de maior rentabilidade e a redução de queima de caixa operacional.  Com isso, essa categoria representou 65% do total das vendas, contra 51% em 2022.

Dívidas

No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas somaram 33,4 bilhões de reais, um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022. A dívida bruta somou 38 bilhões de reais. Os dados de endividamento eram muito esperados pelo mercado para entender a situação da empresa após o escândalo. Segundo afirma a Americanas, o endividamento tem tendência de “relevante redução” com a execução do Plano de Recuperação Judicial. No pedido de RJ, foram reportadas dívidas na casa dos 42,5 bilhões de reais.

O caixa da empresa, que chegou quase a zerar logo depois da descoberta do rombo, encerrou setembro em 4,9 bilhões de reais, baixa de 49,5% em 12 meses. “Hoje já podemos dizer que superamos a fase mais crítica pela qual a Americanas passou”, afirma o comando da companhia no balanço.

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