American Airlines corta telas de entretenimento em aviões
Companhia aérea encomendou 100 novos Boeings sem o dispositivo por considerar que os passageiros já usam seus próprios eletrônicos a bordo
A American Airlines cortou as telas de entretenimento, aquelas que ficam atrás das poltronas, em sua nova encomenda de aviões Boeing 737. A empresa pretende que os passageiros usem seus próprios dispositivos, como celulares e tablets, para essa finalidade. As cadeiras sem os aparelhos foram pedidas em 100 aeronaves, que devem entrar em operação até o final do ano nos Estados Unidos para vôos no país. Para compensar a ausência das telas, a American Airlines vai reforçar nessas unidades a infraestrutura de wifi – que será pago e cujo valor ainda não foi divulgado – e melhorar a oferta de conteúdo gratuito – como filmes, séries e música – por streaming.
Segundo a empresa, a redução na oferta do aparelho se justifica por causa do comportamento que seus clientes em relação às opções de eletrônicos à bordo. “Mais de 90% dos nossos passageiros já trazem um dispositivo móvel ou uma tela consigo quando voam. Esses telefones e tablets são atualizados constantemente, são fáceis de usar e, mais importante, são a tecnologia que nossos clientes escolheram”, disse a American Airlines em comunicado a funcionários distribuído na última terça-feira, ao qual o jornal The Telegraph teve acesso.
Comprar cadeiras que não tenha as telas destinadas ao uso dos passageiros, além da economia de quase 3 milhões de dólares (9,53 milhões de reais) por aeronave, traz também redução de custos com combustível. Em um Boeing 767 com 260 cadeiras, por exemplo, o peso dos equipamentos e cabos faria o avião consumir 90.000 dólares (286.000 reais) a mais por ano, segundo um cálculo do jornal The Wall Street Journal.