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Ambev: Cerveja, inovação e novos hábitos

Com investimento em tecnologia e expansão de portfólio premium, ela responde às mudanças do consumidor para manter a aposta na transformação digital

Por Bárbara Nór
31 out 2025, 06h00

Líder do setor de alimentos e bebidas, a Ambev enfrenta mudanças nos hábitos de consumo e pressão econômica com uma estratégia apoiada em três pilares: expandir a categoria de cervejas, digitalizar seu ecossistema e otimizar o negócio para a geração de valor sustentável. A ambição de Carlos Lisboa, presidente da Ambev desde janeiro, é elevar a fabricante de bebidas a um novo patamar: “Queremos ser uma empresa que lidera a categoria cervejeira e, ao mesmo tempo, a desenvolve”.

Nos últimos três anos, mais de 10 bilhões de reais foram investidos em ampliação e modernização das operações no Brasil. A Ambev ganhou pioneirismo com plataformas como BEES, voltada para pequenos e médios pontos de venda, e Zé Delivery, para o consumidor final. Em 2024, a BEES atendeu 1,3 milhão de compradores por mês, enquanto o Zé Delivery superou 66 milhões de pedidos. Mais que canais de venda, são fontes de dados. “A tecnologia permite ouvir melhor e responder mais rápido nossos clientes”, diz Guilherme Fleury, vice-presidente financeiro da Ambev. A Beats Red Mix, uma bebida lançada pela empresa no último verão, nasceu de insights gerados nos canais digitais.

Fleury, vice-presidente: tecnologia ajuda a ouvir melhor os clientes
Fleury, vice-presidente: tecnologia ajuda a ouvir melhor os clientes (Wanezza Soares/.)

Pressionada pelo avanço de concorrentes como a Heineken, a Ambev vem investindo em marcas premium, a exemplo de Spaten, Original, Stella Artois e Corona. Juntas, cresceram mais de 10% em 2024, acumulando alta superior a 200% desde 2020.

A crescente demanda por equilíbrio e bem-estar — especialmente entre a geração Z, que consome cada vez menos álcool — abriu uma nova frente de atuação. Para Fleury, é uma tendência abrangente: “Todas as gerações vêm intensificando a busca por escolhas mais equilibradas”. O segmento de “escolhas equilibradas” já representa agora 2,5% do volume total da empresa, quase o dobro do ano anterior. Cervejas sem álcool, como Corona Cero e Budweiser Zero, avançaram quase 20%, enquanto opções de baixas calorias, como Michelob Ultra, ganham espaço no mercado. A estratégia se reflete nos números: em 2024, a Ambev gerou 18 bilhões de reais em fluxo de caixa livre, com alta de 37%. A receita líquida cresceu 7% na América Central e no Caribe e 6% na América do Sul.

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Sempre há desafios. Baixas temperaturas recentes reduziram a demanda por cerveja. “Os volumes neste ano estão ruins para a indústria de forma geral e a Ambev está sendo impactada”, afirma Renata Cabral, analista do Citibank. Outra disputa é a precificação — concorrentes como Petrópolis investiram em promoções agressivas. O desafio é manter margem e ter preços competitivos. “A Ambev tem sido disciplinada em termos de repasse de preços, o que mostra confiança no portfólio”, diz Cabral.

Enquanto ajusta o portfólio para atender às tendências, a Ambev mantém presença forte em eventos culturais e esportivos, aproximando-se do consumidor. “Queremos ser uma companhia que segue transformando a si mesma enquanto impacta positivamente seu ecossistema”, diz Carlos Lisboa.

Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19

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