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Ações da Petrobras caem 14% após governo dar desconto no diesel

Percepção de interferência do governo na companhia gera preocupação no mercado e papéis da companhia se desvalorizam

Por Gilmara Santos
28 Maio 2018, 18h13

As ações da Petrobras fecharam em baixa de 14% nesta segunda-feira, 28, com a preocupação do mercado de que haja interferência do governo na companhia. A desvalorização das ações da companhia puxou para baixo o Ibovespa, principal indicado da Bolsa de Valores brasileira, que fechou em queda de 4,49%, aos 75.355 pontos. É o menor patamar de fechamento desde 22 de dezembro de 2017.

“A greve de caminhoneiras, que ainda não terminou, levou o governo a reduzir impostos sobre diesel e a preocupação do mercado é que haja novamente interferência na companhia, que vinha passando por um processo de recuperação”, diz o economista-chefe da DMI Group, Vicente Koki.

“As incertezas, ingerência e o risco de mudança na gestão profissional para uma administração política leva a essa percepção do mercado e à desvalorização dos papéis da companhia”, explica Luiz Fernando Roxo, economista-chefe do Zeneconomics.

Um dos motivos para essa preocupação do mercado está no anúncio pelo governo federal de redução no preço do diesel, o que deixa o investidor apreensivo em relação à interferência na empresa, mesmo com o compromisso de que o Tesouro assumirá os sacrifícios no orçamento e honrará seus compromissos sem comprometer a Petrobras.

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Depois de chegar ao valor mínimo de suas ações entre o fim de 2015 e começo de 2016, chegando a valer 4,50 reais cada papel, a empresa passou por um processo de recuperação e há duas semanas as ações eram vendidas por 26,25 reais. “Mas desde o início da greve os papéis apresentaram queda de 35% e hoje estão avaliados em 16,98 reais”, calcula Roxo.

“Mercado acionário é sempre o que acende a luz primeiro. A indústria sente o reflexo depois. A combinação de fatores mostra que só será sentida daqui a alguns meses pelos demais setores da economia já é percebida agora pelo mercado”, comenta Koki ao lembrar que a ameaça de greve dos petroleiros marcada para quarta-feira é um agravante para toda essa situação.

Questionado sobre uma possível saída de Parente do cargo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje que o presidente Michel Temer não poderia ter feito escolha melhor para o cargo. “Todos os brasileiros lembram da situação Petrobras quando a recebemos. Era a pessoa jurídica mais endividada do mundo. Buscamos uma pessoa que tirasse a Petrobras dessa grande dificuldade. Uma pessoa que teve liberdade de ação para trabalhar e fez com a que a Petrobras voltasse a ser uma das maiores companhias da Bolsa.”

Diante deste cenário, o dólar avançou 1,64 por cento, a 3,7286 reais na venda – maior preço desde 7 de dezembro passado.

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