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Abismo fiscal assusta, Bovespa vira e fecha no negativo

Na última hora do pregão, estrangeiros engatam diversos pedidos de venda e fazem com que o Ibovespa encerre o dia com desvalorização de 0,86%

Por Da Redação
27 nov 2012, 18h13

A menos de uma hora para o encerrar os negócios desta terça-feira, a Bovespa virou e terminou o dia no vermelho. Operadores relataram que a reversão ocorreu por ampliação de perdas dos papéis da Petrobras e forte atuação de estrangeiros na ponta vendedora – numa reação às incertezas com a situação fiscal dos Estados Unidos e sobre um acordo para aliviar o fardo da dívida da Grécia.

O Ibovespa caiu 0,86%, a 56 248 pontos, cedendo à fraqueza dos mercados em Nova York. O giro financeiro do pregão foi de 6,3 bilhões de reais, ante média diária de 7,2 bilhões de reais em 2012. Na máxima, atingiu 57 420 pontos (+1,20%). O resultado do dia fez com que a Bolsa ampliasse as perdas no mês para 1,44% e, no ano, para 0,89%.

Um acordo na Europa para reduzir a dívida grega e liberar mais recursos emergenciais ao país deu sustentação ao avanço do Ibovespa durante quase todo o pregão. Contudo, no final da tarde, o humor mudou. “O ânimo injetado no mercado pela Grécia murchou”, disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, referindo-se ao bom humor na primeira etapa da sessão. O profissional pondera que era esperada uma ajuda ao país. “Houve um pouco de exagero, ninguém acreditava que a Alemanha negasse ajuda à Grécia”, afirmou.

O mercado virou na hora final do pregão na medida em que investidores passaram a adotar comportamento de maior cautela – fugindo dos ativos de maior risco, como ações e derivativos. O temor foi novamente o risco de um abismo fiscal nos EUA – cortes de gastos e aumentos de impostos de cerca de 600 bilhões de dólares que podem entrar em vigor automaticamente em janeiro e levar o país para uma recessão.

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“O investidor estrangeiro está arredio, um pouco mais cauteloso e isso reflete no nosso mercado”, disse o estrategista do segmento de varejo da Ágora e Bradesco Corretora, José Francisco Cataldo, citando que os estrangeiros respondem por quase 40% do volume negociado na Bovespa. “A principal preocupação é com os Estados Unidos. O presidente Barack Obama tem um prazo apertado para negociar com o Congresso e evitar um abismo fiscal”, acrescentou.

Petrolíferas – No Brasil, as empresas do setor de petróleo e gás pesaram no Ibovespa, com OGX caindo 3,69%, para 4,44 reais. Já a preferencial da Petrobras perdeu 1,65%, para 18,51 reais. As companhias informaram na noite da véspera que a Petrobras vendeu participação de 40% na concessão BS-4, na bacia da Santos, para a petrolífera de Eike Batista, num negócio de 270 milhões de dólares.

Ainda entre as blue chips, a preferencial da mineradora Vale fechou estável, a 35,73 reais. B2W saltou 17,94%, a 14,00 reais. Sua controladora, a Lojas Americanas subiu 4,23%, a 19,22 reais. Analistas do Bank of America Merrill Lynch elevaram recomendação para B2W para “compra” e o preço-alvo para 18 reais, de estimativa anterior de 12 reais.

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Energia elétrica – As ações preferenciais classe B da Eletrobras conseguiram registrar sua terceira sessão consecutiva de recuperação, com alta de 3,37%, enquanto a ordinária fechou em queda de 0,44%. Cesp amargou a maior perda do Ibovespa, com queda de 6,08%, a 17,00 reais, em meio à questão da renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas.

Estados Unidos – Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,69% e o S&P 500 de -0,52%. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,27%.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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