A startup que paga salários aos funcionários que estão lutando na Ucrânia
A Grammarly é uma das empresas de tecnologia mais valiosas dos EUA
A Grammarly, uma das startups de tecnologia mais valiosas dos Estados Unidos, continua a pagar os salários e benefícios de seus funcionários que estão envolvidos na guerra da Ucrânia, afirmou na última segunda-feira 21 o CEO da empresa. Antes da invasão da Rússia ao país, metade dos 600 funcionários da startup fundada no Vale do Silício estavam baseados na Ucrânia.
“A equipe está, acima de tudo, focada em sua segurança”, disse o CEO Brad Hoover, recusando-se a especificar quantos de seus funcionários se juntaram ao esforço de defesa da Ucrânia, mas afirmou que muitas dessas pessoas deixaram o país ou se mudaram para áreas dentro da Ucrânia que são mais seguras do conflito.
A empresa tem como produto um assistente de digitação e correção de gramática faz parte do clube dos unicórnios e foi avaliada em cerca de 13 bilhões de dólares em novembro passado, segundo a Bloomberg. Com o início da invasão russa contra o país, em 24 de fevereiro, a empresa passou a transferir as responsabilidades dos departamentos alocados na Ucrânia para outras partes da empresa. Porém, apesar dessa mudança, vai manter o pagamento a seus funcionários.
Hoover afirmou que, inicialmente, passou uma quantidade significativa de tempo em realocação e esforços de socorro, e que a maioria da força de trabalho ucraniana da empresa está online novamente. A Grammarly também ofereceu licenças remuneradas para trabalhadores que foram forçados a fugir de suas casas por causa dos combates. “Isso está destruindo a vida das pessoas”, afirmou. “É uma tragédia incrível.”
Rahul Roy-Chowdhury, chefe global de produtos da Grammarly, disse que a empresa não mudou suas prioridades enquanto faz planos para o segundo trimestre. Mas algum progresso nas metas do Grammarly pode ser mais lento do que o esperado anteriormente, disse ele.
Recentemente, a Grammarly levantou 200 milhões de dólares no outono passado de investidores, incluindo fundos administrados pela BlackRock e Baillie Gifford & Co. A empresa se diz lucrativa desde o início e ainda não tem planos de fazer um IPO, mas também não descarta a possibilidade.