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A relação entre os juros nos Estados Unidos e o desânimo dos investidores

Abalado pela política contracionista que está longe do fim, mercado espera indícios sobre a intensidade das próximas altas do Federal Reserve Bank

Por Luisa Purchio Atualizado em 21 set 2022, 16h57 - Publicado em 21 set 2022, 11h17

Na esteira da alta dos juros global para conter a inflação do pós pandemia, os investidores não têm encontrado boas notícias nas bolsas americanas, que acumulam retração considerável nos últimos meses. No acumulado do ano, o índice Dow Jones acumula queda de 16% e o S&P 500, de 19,6%. E, nesta quarta-feira, 21, o mercado já está preparado para mais um banho de água fria nos ativos de renda variável.

Mais que a decisão pontual de hoje, o mercado financeiro espera o comunicado do banco central americano para procurar indícios sobre a intensidade das próximas altas. “Embora uma expectativa de 0,75 ponto percentual seja amplamente esperada, a mensagem principal do presidente do Fed, Jerome Powell pode ser que as taxas permaneçam elevadas por muito mais tempo do que o mercado espera”, diz Ed Moya, analista de mercado da Oanda. “A nossa expectativa é que os juros americanos devem chegar a 4% ou passe disso até o início do ano que vem”, diz Thomás Gibertoni, analista de investimentos da Portofino Multi Family Office.

A expectativa é que o comunicado da reunião de política monetária do Federal Reserve Bank venha com um tom bastante duro de política contracionista e grande parte dos analistas estima mais uma alta de juros de 0,75 ponto percentual. Uma parte menor espera uma alta ainda mais forte, de 1 ponto percentual. Se atendida a estimativa da maioria, o juros do país atingirá 3,25% após quatro altas consecutivas feitas este ano para conter a alta de preços.

No mês passado, no discurso no simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, já havia sinalizado mais altas de juros até que a inflação dos Estados Unidos atinja a meta de 2%. À época, Powell afirmou que a autoridade estava monitorando os indicadores econômicos para calibrar a decisão. E os dados mais recentes do CPI, índice de inflação mais olhado pela autoridade monetária, vieram bastante acima do esperado. Em agosto, o CPI Core, que exclui itens voláteis como combustível e alimento, trouxe 6,3% no acumulado dos últimos doze meses, acima dos 6,1% projetados pelo mercado e dos 5,9% do mês anterior.

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