Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A prova de fogo da Evergrande que ameaça a estabilidade dos mercados

Nesta quarta-feira, 10, finda o prazo para a quitação de 148,1 milhões de dólares em títulos; investidores temem que empresa não honre o pagamento

Por Luisa Purchio Atualizado em 10 nov 2021, 11h53 - Publicado em 10 nov 2021, 11h12

Nesta quarta-feira, 10, a gigante imobiliária chinesa Evergrande enfrenta a maior prova de fogo desde o início de sua crise, há cerca de cinco meses atrás. Trata-se do vencimento do período de carência de 30 dias para o pagamento de três títulos que totalizam 148,1 milhões de dólares, não pagos no vencimento inicial no mês passado.

Ainda que a empresa tenha honrado recentemente o pagamento dos juros dos seus títulos e que não haja indícios de que haverá atrasos, a preocupação do mercado global sobre o pagamento no prazo é alta. Com um total de dívidas estimado em 300 bilhões de dólares, os papéis da empresa diante da possibilidade de sua reestruturação estão altamente desvalorizados, com queda de 83,24% na bolsa de Hong Kong.

Nesta semana, a empresa vendeu 5,7% das ações da empresa de mídia Hengten Networks, o que garantiu um acréscimo de 145 milhões de dólares ao caixa. Recentemente, o governo chinês solicitou ao fundador da empresa, Hui Ka Yan, que pague as dívidas da Evergrande com sua fortuna pessoal. No sábado, 6, dois títulos não foram pagos, porém eles ainda estão dentro do período de carência de 30 dias. Recentemente, ativos foram honrados faltando apenas 11 horas do prazo final, e dois títulos estão com vencimento previsto para dezembro.

Impacto global

A crise de uma das maiores incorporadoras da China impacta o mercado de crédito chinês, tanto nas construtoras com baixa avaliação quanto nas de maior qualidade, cujos títulos estão sofrendo a maior liquidação dos últimos meses. Há dúvidas sobre até que ponto o governo chinês irá dar suporte para a Evergrande e evite uma crise de liquidez mais grave no país.

Na terça-feira, 9, o Federal Reserve, o Banco Central americano, alertou no seu Relatório de Estabilidade que a crise de crédito imobiliário na China e os preços inflacionados dos imóveis no país podem impactar o mercado internacional e dos Estados Unidos, prejudicando a retomada do crescimento no país após a pandemia da Covid-19.

“Dado o tamanho da economia e do sistema financeiro da China, bem como seus extensos vínculos comerciais com o resto do mundo, as tensões financeiras na China podem prejudicar os mercados globais por meio de uma deterioração do sentimento em relação ao risco, representar um vetor negativo ao crescimento econômico global e afetando a recuperação dos Estados Unidos”, disse o documento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.