A multiplicação de ministérios no novo governo Lula
Novo governo reverterá superministério da Economia para retomar o que, segundo Mercadante, era um Brasil "muito mais eficiente" e "competente"
O Ministério da Economia voltará a ser destrinchado e transformado em três ministérios, afirmou Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos da equipe de transição do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na quarta-feira, 7, Mercadante afirmou que a partir do dia 1º de janeiro serão recriados os ministérios da Fazenda; de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
De acordo com os integrantes da equipe de transição, a mudança não acarretará mais custos para a máquina pública, uma vez que será feito um remanejamento da atual estrutura existente no Ministério da Economia. Vale lembrar que no início do governo de Jair Bolsonaro foram extintos os ministérios da Fazenda; do Planejamento; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços para criar o que foi chamado na época de superministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes.
“O Brasil era muito mais eficiente e tinha políticas muito mais competentes com essa distribuição, [melhor] do que você pegar e jogar tudo na Economia”, disse Mercadante, que afirmou ainda que está em discussão qual será a abrangência do ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Uma das pastas que ganhará relevância no novo governo Lula é a recriação do MDIC, que visa incentivar o desenvolvimento da indústria diante da perda de participação do setor na economia nos últimos anos. Segundo Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) ficarão sob o ministério.
Com o ganho de importância do MDIC, nomes importantes do gabinete de transição estão sendo cotados para o comando da pasta, como o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), que faz parte da equipe técnica do grupo.