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A importância de uma decisão unânime em um BC com ‘dois presidentes’

Reunião do Copom é a primeira desde a indicação de Gabriel Galípolo ao comando do BC; Campos Neto fica na cadeira até 31 de dezembro

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 set 2024, 16h15 - Publicado em 18 set 2024, 09h27

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira, 18, a decisão sobre a taxa Selic, sobre forte expectativa de alta dos juros, a primeira desde 2022. A reunião também é a primeira com dois presidentes da autoridade monetária: Roberto Campos Neto, com mandato até dezembro de 2024, e Gabriel Galípolo, o indicado por Lula para assumir a cadeira a partir de janeiro. Além da decisão de juros em si, o mercado segue atento ao comunicado e espera uma decisão unânime do colegiado, reforçando a credibilidade da autoridade monetária.

A avaliação entre economistas é que Campos Neto e Galípolo têm sinalizado reiteradamente a desancoragem das expectativas de inflação neste ano e no próximo, o que justifica um aperto monetário para tentar manter a inflação em torno da meta, que é de 3%. “Uma decisão unânime e, posteriormente, discursos uníssonos serão importantes para a boa condução da política monetária”, diz o Banco BTG Pactual em relatório.

Segundo Sergio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, as declarações dadas por diretores, em especial por Galípolo, após a última reunião do Copom fizeram com que o mercado esperasse o início do ciclo de aperto. “Nesse sentido, uma decisão pela estabilidade da Selic, apesar da melhora do cenário externo, levaria a uma forte perda de credibilidade (na direção contrária do objetivo do BC), acarretando desancoragem adicional das expectativas de inflação, pressão altista sobre a taxa de câmbio, aumento da inclinação da curva de juros”, avalia. 

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Nas últimas duas reuniões, em que o colegiado se decidiu pela manutenção da taxa, houve unanimidade entre os membros. Porém, não é sempre que isso acontece: em maio, por exemplo, quando o BC cortou a Selic em 0,25 ponto — reduzindo o ritmo de corte —, houve uma divisão entre os diretores, opondo Campos Neto, que optou por um corte menor nos juros, e Galípolo, que defendia a manutenção do ritmo, em 0,5 ponto. À época, a discordância entre o atual presidente do BC e o até então favorito à sucessão balançou o mercado. Havia dúvidas se Galípolo atuaria de forma mais alinhada ao governo Lula, que é crítico da Selic em alta.

Quando será a sabatina de Galípolo?

Indicado pelo governo Lula, Galípolo ainda precisa passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, marcada para 8 de outubro. Se aprovado, seu nome vai a plenário para votação. Uma alta dos juros com unanimidade pode ter um peso político importante na sabatina, já que sinalizaria alinhamento à gestão atual e uma condução de política monetária técnica, e não política.

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